domingo, 16 de outubro de 2022

LIÇÕES DO 26º SEMINÁRIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - 5ª CONFERÊNCIA EM PERNAMBUCO

 Parte I – Professor César Nunes

Tema: Os professores fazem a diferença: novos sujeitos, docências e territórios

O professor Nunes (2022) destacou na sua intervenção que “todos nós temos um histórico educativo e não ensinamos de cima para baixo”. Para ele “há muitos países perdidos, sem saber o que fazer no pós-pandemia, mas a única perda irreparável é a vida.   Dois anos  e meio de uma pandemia não se repara em um semestre. Conhecemos ainda pouco das próprias sequelas da pandemia.”

Entre o que registramos dele é que vivemos em um mundo onde há muitas desigualdades, atravessando várias crises, como a questão ecológica, os desafios tecnológicos, novas formações familiares etc. É nesse mundo em crise,  desigual,  com gente gastando bilhões para ir ao espaço,   que o docente vive e trabalha e precisa procurar entender e responder a diversas questões: como está a nossa escola? Quem são os novos alunos e novas famílias que temos? Quais são os fatores sociológicos e psicológicos das nossas crianças? Qual é a diferença de um professor para um profeta?  Depois de discorrer sobre várias questões enriquecendo o pontos acima ele afirma que “a escola brasileira não será cópia de nenhum país”.   

Entre as suas contribuições no campo da educação lembramos que ele sugeriu que o professor deve envolver os alunos nos planejamentos e nas aulas, pois “o professor  faz crescer, não lapida as crianças.” Lembrou que a criança vai para a escola feliz quando se sente amada nela. A definição dele é que “escola é lugar de gente”. Nessa linha de raciocínio ele lembrou que certa vez se sentindo acanhado e discriminado na escola, ficou de fora da sala, mas foi pego pela mão por uma senhora que o levou para dentro da sala dizendo: “você ainda vai ser aluno mais inteligente dessa escola”. Que lição de humanidade, concluiu ele.  É possível medir a importância desse gesto na vida dele?

Por fim, lembramos uma história do professor Nunes que disse que teve um professor bancário, seletivo, que sempre o tratou com certo desprezo, pois na visão desse professor ele não se enquadrava na sua forma tradicional de avaliar os alunos, mas depois de muitos anos reconheceu que estava errado e ficou amigo dele. Encerra a sua palestra lembrando a frase de sua avó: “na lagoa da vida só tem duas boias para a gente não afundar: a família e a escola”.   

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