Parte I – Professor César Nunes
Tema: Os professores fazem a
diferença: novos sujeitos, docências e territórios
O professor Nunes (2022) destacou
na sua intervenção que “todos nós temos um histórico educativo e não ensinamos
de cima para baixo”. Para ele “há muitos países perdidos, sem saber o que fazer
no pós-pandemia, mas a única perda irreparável é a vida. Dois anos
e meio de uma pandemia não se repara em um semestre. Conhecemos ainda pouco
das próprias sequelas da pandemia.”
Entre o que registramos dele é que
vivemos em um mundo onde há muitas desigualdades, atravessando várias crises,
como a questão ecológica, os desafios tecnológicos, novas formações familiares etc.
É nesse mundo em crise, desigual, com gente gastando bilhões para ir ao espaço, que o docente
vive e trabalha e precisa procurar entender e responder a diversas questões:
como está a nossa escola? Quem são os novos alunos e novas famílias que temos?
Quais são os fatores sociológicos e psicológicos das nossas crianças? Qual é a
diferença de um professor para um profeta? Depois de discorrer sobre várias questões enriquecendo
o pontos acima ele afirma que “a escola brasileira não será cópia de nenhum país”.
Entre as suas contribuições no
campo da educação lembramos que ele sugeriu que o professor deve envolver os
alunos nos planejamentos e nas aulas, pois “o professor faz crescer, não lapida as crianças.” Lembrou que
a criança vai para a escola feliz quando se sente amada nela. A definição dele é
que “escola é lugar de gente”. Nessa linha de raciocínio ele lembrou que certa
vez se sentindo acanhado e discriminado na escola, ficou de fora da sala, mas foi
pego pela mão por uma senhora que o levou para dentro da sala dizendo: “você
ainda vai ser aluno mais inteligente dessa escola”. Que lição de humanidade,
concluiu ele. É possível medir a importância
desse gesto na vida dele?
Por fim, lembramos uma história
do professor Nunes que disse que teve um professor bancário, seletivo, que
sempre o tratou com certo desprezo, pois na visão desse professor ele não se
enquadrava na sua forma tradicional de avaliar os alunos, mas depois de muitos
anos reconheceu que estava errado e ficou amigo dele. Encerra a sua palestra
lembrando a frase de sua avó: “na lagoa da vida só tem duas boias para a gente
não afundar: a família e a escola”.
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