Relatório divulgado pela OCDE mostra que o investimento na área entre 2019 e 2020 foi quase um terço da média dos países estudados
por Redação
Publicado 12/09/2023 11:34 | Editado 12/09/2023 17:42
Foto: Prefeitura de Brusque (SC)
O Brasil investe na
educação apenas 37% do que a média dos países da Organização para a Cooperação
e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de acordo com o relatório Education at a
Glance 2023, lançado nesta terça-feira (12).
O estudo reúne
dados da educação dos países membros do grupo e de países parceiros, como o
Brasil. No levantamento com 42 países avaliados, o Brasil é o terceiro pior em
investimentos desde o ensino fundamental até a educação superior.
O relatório da OCDE
mostra o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro piorou o financiamento na
área, que já vinha sendo sucateada desde o golpe, em 2016.
De acordo com o
estudo, enquanto o Brasil, em 2020, investiu US$ 4.306 por estudante, o equivalente
a aproximadamente R$ 21,5 mil, os países da OCDE investiram, em média, US$
11.560, ou R$ 57,8 mil.
Em média, na OCDE,
a despesa total dos governos com a educação cresceu 2,1% entre 2019 e 2020, a
um ritmo mais lento do que a despesa total do governo em todos os serviços, que
cresceu 9,5%.
No Brasil, no
entanto, o gasto total do governo com educação diminuiu 10,5%, enquanto o gasto
com todos os serviços aumentou 8,9%. Na análise da OCDE, isso pode ter ocorrido
devido à pandemia de covid-19.
“O financiamento
adequado é uma condição prévia para proporcionar uma educação de alta
qualidade”, diz o relatório. A maioria dos países da OCDE investe entre 3% e 4%
do seu Produto Interno Bruto (PIB) no ensino fundamental e médio, chegando a
menos 5% do PIB na Colômbia e em Israel. A porcentagem de investimento
brasileira não consta desta edição do relatório.
Sobre essa medida
de investimento, a OCDE faz uma ressalva: “O investimento na educação como
percentagem do PIB é uma medida da prioridade que os países atribuem à
educação, mas não reflete os recursos disponíveis nos sistemas educativos, uma
vez que os níveis do PIB variam entre países”. As despesas por aluno variam
muito entre os países da OCDE.
A Colômbia, o
México e a Turquia gastam anualmente menos de US$ 5 mil por estudante, ou R$ 25
mil, enquanto Luxemburgo gasta quase US$ 25 mil, ou R$ 125 mil. Existem também
diferenças significativas nas despesas por estudante de acordo com a etapa de
ensino.
*Com Agência Brasil
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