sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Jesus e o genocídio do povo palestino

 


Arte de Vasco Gargalo para a Festa do Avante, Portugal
Por Jair de Souza


Por ter nascido em uma família de escassos recursos, me vi obrigado a começar a trabalhar com uma idade na qual se esperaria que uma criança estivesse brincando e frequentando a escola. Porém, tendo tão somente onze anos de idade, passei a fazer parte de nossa classe operária, trabalhando em uma fábrica de calçados no bairro do Tatuapé, em São Paulo.

Foi ali naquele ambiente fabril, numa fase de forte efervescência das lutas dos trabalhadores brasileiros, que eu aprendi com meus companheiros de jornadas a ver em Jesus uma luz para nos guiar na busca por um caminho que nos afastasse das condições de penúria em que nos encontrávamos. E eu não andava rodeado de pessoas que mantinham a cabeça no céu e longe da realidade. Aqueles que me falavam de Jesus não se atinham a questões espirituais, senão que apontavam para seu exemplo de vida como um modelo a seguir por quem aspirasse a reedificar um mundo em que prevalecessem a justiça, a solidariedade e a preocupação prioritária com os mais necessitados.

0 comentários :

Postar um comentário