Luciano Siqueira
Passada a grande batalha de 2022, a
luta eleitoral praticamente não cessou. De olho em 2024, correntes políticas de
ambas as bandas polarizadas desde então especulam alternativas táticas mirando
a acumulação de forças para 2026.
Óbvio que ainda está muito cedo para
a consolidação de candidaturas majoritárias e de alianças. Tomarão impulso
depois do peru do Natal e da champanhe do réveillon.
Quase nada do que se especula agora
tem sustança — seja pela tradição de fragilidade da grande maioria das legendas
partidárias (personas em geral são mais importantes do que os coletivos), seja
pela possibilidade de mudança de legenda quando da chamada "janela"
pré eleitoral.
Mais: o país segue politicamente dividido ao meio e o fator potencialmente desequilibrante (o governo Lula) acumula um misto de êxitos parciais e importantes interdições políticas, institucionais e financeiras.
Como num cabo de guerra, os dois extremos se mantém fortes e ativos.
Daí se especular sobre a possível influência
tanto de Lula como de Bolsonaro no curso da disputa nas 200 cidades grandes e
médias do país.
À esquerda, um desafio irrecusável: a
conquista política de expressivas parcelas do eleitorado.
Vale dizer, a combinação do debate de ideias destinado a esclarecer o que acontece no país, e se reflete em cada comunidade ou segmento social, com a retomada dos vínculos com a classe trabalhadora e amplos segmentos sociais que constituem a base beneficiária e potencialmente apoiadora das forças que governam o país.
Para o PCdoB, o possível acúmulo de
forças por essa via se vincula à preparação da conquista de mais cadeiras no
Congresso Nacional (Câmara dos Deputados em especial), em 2026.
O fato é que, seja em cidades cuja
tradição é de disputas ultrapolitizadas (o Recife, por exemplo), seja em
cidades nem tanto, as dimensões nacional e local da disputa se cruzarão
inevitavelmente.
Acompanhemos.
Bolsonaro segue em sua retórica
decadente https://bit.ly/467BF0d
Postado por Luciano Siqueira às 13:48 Nenhum comentário:
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