Bom desemprenho da economia brasileira nos dois primeiros trimestres levou a todo-poderosa entidade a rever suas previsões para o País
por André Cintra
Publicado 05/11/2023 15:09
O FMI (Fundo
Monetário Internacional) – que chegou a especular até um risco de recessão no
Brasil sob o governo Lula – já se rendeu aos fatos. O bom desemprenho da
economia brasileira nos dois primeiros trimestres levou a todo-poderosa
entidade a rever suas previsões para o País.
Já neste primeiro
ano de novo governo, o FMI projeta que o Brasil vai ultrapassar Canadá e
Itália, subindo da 11ª para nona colocação no ranking dos maiores PIBs
(Produtos Internos Brutos) do Planeta. Nos cálculos do Fundo Monetário, o PIB
brasileiro chegará a US$ 2,13 trilhões em 2023.
Para 2026, último
ano de mandato de Lula, a estimativa é que o PIB do País vá a US$ 2,476
trilhões, o que tornaria o Brasil, segundo o FMI, a oitava maior economia.
Embora seja apenas um índice entre tantos outros indicadores econômicos, o
“tamanho” do País na economia global representa, inquestionavelmente, um avanço
do País após os quatro anos do governo de destruição de Jair Bolsonaro (PL).
“Há críticas
possíveis às métricas de cálculo do PIB, mas ainda é uma referência”, declarou
ao site Metrópoles a economista Carla Beni, professora de MBA
da FGV (Fundação Getúlio Vargas). “O fato de o PIB do Brasil avançar no ranking
não deixa de ser uma notícia positiva. É uma sinalização importante.”
A reportagem
do Metrópoles lembra que outros órgãos também revisaram as
projeções sobre a economia brasileira em 2023. É o caso da Unctad (Conferência
das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento), que elevou as previsões de
crescimento do PIB nacional de 0,9% (no começo do ano) para 3,3%.
A OCDE (Organização
para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) – que apostava numa alta de 1,7%
da economia brasileira – projeta, agora, 3,2%. No Banco Mundial, a estimativa
passou de 1,2% para 2,6%. O Relatório Focus, do Banco Central, baseado em
estimativas do mercado financeiro, vislumbra um crescimento de 2,89% em 2023.
“Este é um ano em
que o mercado financeiro terá de fazer um exercício de mea-culpa. A maioria dos
analistas dizia que o crescimento do PIB seria menor do que 1%”, conclui Carla
Beni.
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