De acordo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a votação dos dois nomes entre os senadores deve ficar para a próxima semana
por André Cintra
Publicado 27/11/2023 14:59 | Editado 27/11/2023 15:05
Acabou o suspense:
quase dois meses após a abertura de uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal)
e outra na PGR (Procuradoria-Geral da República), o presidente Lula (PT)
anunciou nesta segunda-feira (27) suas nomeações para os dois postos.
O ministro da
Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, foi indicado para o STF, enquanto
o subprocurador-geral Paulo Gonet deve assumir a PGR. Os dois serão sabatinados
na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e analisados no plenário do Senado.
Eles precisam de uma maioria simples (41 votos de um total de 81 senadores)
para serem aprovados. De acordo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
(PSD-MG), a votação deve ficar para a próxima semana.
A 11ª vaga no STF
estava aberta desde o final de setembro, quando a ministra Rosa Weber se
aposentou. O nome de Dino – que é formado em Direito e já foi juiz federal –
sempre circulou entre os cotados para o Supremo. O político maranhense foi
presidente da Associação Nacional de Juízes Federais e membro do Conselho
Nacional de Justiça.
Na semana passada,
Lula confirmou que cogitava o nome do ministro para o Supremo. “Sou obrigado a
reconhecer que o Flávio Dino é uma pessoa altamente qualificada do ponto de
vista do conhecimento jurídico, altamente qualificada do ponto de vista
político”, disse o presidente à imprensa.
Ex-deputado federal
(2007-2010), Dino foi eleito governador do Maranhão duas vezes, em 2014 e 2018,
pelo PCdoB. No ano passado, foi eleito senador. Porém, antes de assumir o cargo,
foi nomeado e tomou posse como ministro da Justiça. Agora, sua suplente, Ana
Paula Lobato (PSB-SP), deve assumir o Senado em definitivo.
“O presidente Lula
me honra imensamente com a indicação para Ministro do STF. Agradeço mais essa
prova de reconhecimento profissional e confiança na minha dedicação à nossa
Nação”, afirmou Dino, em suas redes sociais. “Doravante irei dialogar em busca
do honroso apoio dos colegas senadores e senadoras.”
Já Paulo Gonet, uma
vez aprovado no Senado, será o substituto de Augusto Aras, que foi
procurador-geral da República por quatro anos e deixou a PGR em 26 de setembro.
A espera pela definição do novo titular da Procuradoria – de 62 dias – foi a
maior na história do País.
Membro do
Ministério Público Federal desde 1987, Gonet é e mestre em Direitos Humanos
pela University of Essex, do Reino Unido e doutor em Direito, Estado e
Constituição pela Universidade de Brasília (UnB). Fundador do Instituto
Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), ocupa atualmente o cargo
de vice-procurador-geral eleitoral.
Seu nome não fazia
parte da lista tríplice que, tradicionalmente, a Associação Nacional dos
Procuradores da República (ANPR) sugere aos presidentes. A entidade propôs,
desta vez, os subprocuradores-gerais Luiza Frischeisen, Mario Bonsaglia e José
Adonis Callou.
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FLÁVIO DINO, JUDICIÁRIO, LULA, PAULO GONET, PGR, STF
AUTOR
Jornalista
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