Por Dedé Rodrigues
Meus queridos e minhas queridas alunas
Foto do encontro de Grêmios e Conselhos escolares na GRE - Afogados - início dos anos 90.
Quando fundamos o Grêmio Estudantil da Escola Arnaldo Alves Cavalcanti com o nome de “Edson Luiz” em 10 de junho de 1988, o primeiro da Região do Pajeú, tínhamos derrubado a Ditadura Militar de 1964 e eu já tinha aprendido o valor da democracia, pois fui um dos protagonistas da luta pelo restabelecimento da democracia no Brasil. Colocamos o nome do nosso grêmio do jovem Carioca “Édson Luiz”, fazendo uma homenagem póstuma por ele ter sido assassinado pelos militares da Ditadura Militar quando lutava naquela época pela legalização dos grêmios livres nas escolas do Brasil.
Para minha felicidade, em
novembro de 2023, tenho o prazer de ver 04 chapas concorrendo às eleições dessa
entidade depois de vários anos praticamente inativa. Vocês não calculam a minha
felicidade quando se aproxima a minha aposentadoria e vejo novamente a
democracia escolar pulsando. A democracia é um sistema que está sempre em
construção, não temos como vivenciá-la em toda sua plenitude em uma instituição
escolar sem “grêmios livres e atuantes”.
Não temos como falar em “alunos
protagonistas” que não atuam e fazem funcionar a sua própria entidade. Não
temos como falar em educação para autonomia, para cidadania, para o senso
crítico vendo discentes apáticos em relação a própria entidades deles. Não
podemos falar em democracia escolar plena sem a participação da representação
dos alunos nos fóruns da escola. Não temos como falar em democracia plena na
sociedade sem o voto “livre e consciente” do aluno na escola como um
aprendizado permanente para exercê-lo depois na sociedade. O Grêmios Estudantis
são escolas de democracia e da formação da cidadania.
Nesse sentido cabe aqui um elogio
as quatros chapas que se inscreveram para concorrer a estas eleições marcadas
para a próxima segunda-feira, 06 de novembro de 2023. Penso que algumas
propostas apresentadas pelas 04 chapas de estudantes são possíveis de realizar
em parcerias com a Gestão, professores, comércio local etc. Tais como o FIPP,
apoio ao evento da consciência Negra, Gincana Estudantil, bebedouros, palestras
com especialista com temas variados, sondagem permanente aos estudantes sobre
suas aspirações, projeto sala limpa, mensagem ou recados do coração,
Interclasse, arborização da escola etc. Outras são bandeira de lutas mais
gerais, que considero indispensável a um grêmio estudantil que seja atuante: internet banda larga nas salas de aulas, democracia
popular, participação do Conselho Escolar, lutar por uma merenda de qualidade,
apoiar a luta dos professores pela valorização do PCC, Lutar por eleições
diretas para gestores escolares, palestras sobre uma cultura de paz na escolas,
palestras sobre os direitos e deveres
dos estudantes, participação dos fóruns da UBES e da UNE etc.
Por fim meus queridos e minhas
queridas candidatos(as) das quatro chapas concorrentes. Vocês não serão mais os
mesmos depois dessa eleição. Alguns, submetidos aos desafios da disputa vão
crescer, outros vão esmorecer e abandonar o “barco da luta pela democracia”.
Assim é a luta social, mas uma coisa é certa: a esperança de mudança para
melhor na escola está viva. A centelha da democracia foi acesa novamente na
EREFEMAAC.
Contem sempre comigo.
Um abraço fraternal. Professor Dedé Rodrigues
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