Pausa humanitária começou às 7h no horário local (2h em Brasília) desta sexta e prevê a troca de 150 palestinos presos em Israel por 50 reféns do Hamas.
por Lucas
Toth
Publicado 24/11/2023 10:02 | Editado 24/11/2023 10:26
Foto: Reprodução
Um comboio de
veículos militares israelenses deixou a Faixa de Gaza nesta sexta (24), horas
após o início da trégua temporária com o Hamas. O acordo estabelece o primeiro
cessar-fogo e foi costurado pelo Catar, Egito e Estados Unidos.
A pausa humanitária
começou às 7h no horário local (2h em Brasília) desta sexta e prevê a troca de
150 palestinos presos em Israel por 50 reféns do Hamas. A pausa no conflito deve durar quatro dias, mas a
depender de avanços nas negociações e do cumprimento do tratado, a trégua
poderá ser prorrogada, e mais reféns poderão ser soltos.
Entretanto, minutos
após o início da pausa, Israel acionou sirenes de alerta, alegando que o Hamas
havia lançada foguetes aos seus territórios, violando os termos do acordo. Com
a trégua, palestinos que haviam deixado suas casas na Faixa de Gaza por conta
da guerra começaram a voltar para suas cidades.
No entanto, relatos
indicam também que militares israelenses tentam impedir o retorno de moradores
aos seus bairros mais ao norte de Gaza.
O porta-voz das
Forças de Defesa de Israel, Avichay Adraee, avisou que “a guerra ainda não
acabou” e que a “pausa humanitária é temporária”. O primeiro-ministro de
Israel, Benjamin Netanyahu assegurou a autoridades de segurança e do alto
escalão do governo que a ofensiva ao Hamas irá ser retomada após a libertação
dos reféns.
Desde 7 de outubro,
Israel iniciou uma ofensiva sem precedentes sobre Gaza depois que o grupo
islâmico Hamas lançou a operação “tempestade de Al Aqsa”, executando 1.200 mil
israelenses e sequestrando outros 240.
De lá para cá, mais
de 12 mil palestinos morreram de acordo com autoridades da região. Gaza está
integralmente bloqueada pelos israelenses, que até então dificultavam a entrada
de ajuda humanitária.
Nos termos do
acordo, 13 reféns israelenses, apenas mulheres e crianças, deverão ser
libertados mais tarde, ainda nesta sexta — esse número deve chegar a 50 ao
longo dos quatro dias.
Caminhões de ajuda
começaram a entrar no enclave palestino, vindos do Egito. Imagens da agência
Reuters mostram que o primeiro movimento dos veículos iniciou pouco mais de uma
hora após o início da trégua. Dois dos caminhões, representando organizações
egípcias, ostentavam faixas que diziam “Juntos pela Humanidade”. Em outras,
lia-se: “Pelos nossos irmãos em Gaza”.
A entrada de ajuda
humanitária em Gaza foi permitida nos termos do acordo para a pausa nos
combates. Segundo a Reuters, no meio da manhã, 60 caminhões transportando bens
essenciais haviam atravessado a fronteira entre o Egito e o território
palestino por meio da passagem de Rafah.
Ao todo, está
previsto a entrada de 200 caminhões de ajuda humanitária. Cairo afirma que 130
mil litros de diesel e quatro caminhões de gás serão entregues diariamente a
Gaza.
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