Comissão Política Nacional do PCdoB analisa tarefas para a militância e as direções num ano em que há “novas condições” para “a batalha pelo revigoramento do Partido”
por André Cintra
Publicado 19/01/2024 17:51 | Editado 20/01/2024 13:21
Foto: reprodução/PCdoB
A eleição municipal
será o maior – mas não o único – desafio dos comunistas em 2024. Em resolução
aprovada nesta quinta-feira (18), a Comissão Política Nacional do PCdoB destaca
tarefas para a militância e as direções num ano em que há “novas condições”
para “a batalha pelo revigoramento do Partido”.
Na comparação com
2020, último ano de disputa às prefeituras e às câmaras de vereadores, o PCdoB
pode se beneficiar, agora, do novo ambiente político, dado o fim da pandemia de
Covid-19 e o da gestão de Jair Bolsonaro (PL), com seu legado de destruição.
Conforme a resolução, “o êxito do governo Lula e o avanço de um projeto
mudancista são o terreno favorável ao fortalecimento do PCdoB e seu Programa
Socialista para o Brasil”.
Para as eleições,
além de “derrotar as forças de extrema-direita e direita” e de “fortalecer
nosso polo democrático e popular nos municípios”, o Partido deve se preparar
para lançar candidaturas mais competitivas e amplas. O objetivo é buscar a
eleição de vereadores, com foco nos grandes municípios.
A construção de
boas chapas majoritárias também deve estar no radar dos comunistas. Além da
Federação Brasil da Esperança – que também inclui o PT e o PV –, as coligações
eleitorais devem mirar a “constituição das frentes partidárias” com as legendas
que integram a base de apoio ao governo Lula.
“O PCdoB, além de
contribuir com esse projeto geral, tem projeto próprio e decisivo para seu
papel no próximo período. É muito importante a disputa dos governos municipais,
visando a 2026”, aponta a resolução. “A meta maior é eleger vereadores e
vereadoras nas capitais e grandes centros políticos; para isso, diante da nova
realidade da Federação, impõe-se a tática de concentração em torno da candidatura
com maior condição de eleição.”
Nomes de “expressão
eleitoral” têm até março para se filiar ao PCdoB e se tornarem pré-candidatos.
Ao mesmo tempo, cabe às direções municipais, em especial, viabilizar “uma base
material para os movimentos necessários à pré-campanha e campanha”, que
precisam ser “amplas, de caráter popular e combativo”.
O documento cita
elementos fundamentais para as plataformas eleitorais, como dialogar com
“demandas imediatas das populações nas cidades”, fazer o “embate político
ideológico contra a extrema-direita” e defender o governo Lula. “A definição
das plataformas das candidaturas, do conteúdo das campanhas, deve ser feita em
debate coletivo, com a participação do Partido e dos diversos setores sociais
aos quais estejam ligadas”, enfatiza o PCdoB. “É preciso formular propostas
concretas para traduzir o que propomos no projeto nacional de desenvolvimento
em algo visível, estar nos territórios e nas redes, entregar resultados que
interfiram na vida das comunidades e categorias”.
Até outubro – mês
da eleição –, o PCdoB deve igualmente reforçar suas bases e ter vida ativa nas
cidades. “Ao lado da disputa eleitoral, a tarefa de revigoramento partidário
vai exigir novos passos de estruturação partidária nas esferas de organização,
formação, finanças e comunicação”, agrega a Comissão Política.
Clique aqui para
ler a íntegra da resolução do PCdoB.
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