Relatório do Fundo Monetário Internacional traz alerta sobre exposição dos países à IA, que pode afetar até 60% dos empregos de alguns países
por Redação
Publicado
15/01/2024 21:54
Imagem: Freepik
A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, revelou que a entidade trabalha com o dado de que a inteligência artificial (IA) afetará 40% dos empregos em todo o mundo, podendo chegar a 60%.
Os dados são especialmente
preocupantes em um cenário de avanço das desigualdades em todo o planeta.
Georgieva participa do Fórum
Econômico Mundial de Davos, na Suíça, que começa nesta segunda-feira (15), e
prestou entrevista para a agência de notícias France-Presse (AFP).
Segundo ela, com dados da entidade
que representa, os mercados avançados devem ser os mais afetados, em até 60%
dos empregos. Para os emergentes será algo próximo a 40%, como o Brasil, e para
os países pobres em 26%.
Os números estão em relatório do FMI que pode ser
acessado aqui (em inglês).
Essa remodelação da natureza do
trabalho atinge de maneira mais intensa economias de países mais desenvolvidos,
pois estes são mais expostos às tecnologias de IA.
Neste cenário, as desigualdades
salariais ficarão mais evidentes, com benefícios ainda maiores para quem já tem
rendimentos altos e que deve ser ampliado. Portanto, o avanço dá IA irá afetar,
sobretudo, a classe média.
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Inteligência Artificial
Ainda que os dados sejam alarmantes,
ela observa que é possível tirar proveito dessa condição inevitável, para isso
é necessário elaborar um conjunto se políticas como forma de explorar o vasto
potencial da IA como forma de trazer benefícios.
Como proposta, indica-se programas de
reconversão profissional para os trabalhadores mais expostos, como forma de
possibilitar uma transição inclusiva no mundo do trabalho com a inteligência
artificial. Além disso, é indicado que sejam realizados investimentos em
infraestruturas digitais para qualificar uma forma de trabalho capaz de dar
conta dos desafios digitais das próximas décadas.
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