Desigualdade econômica atinge patamares alarmantes segundo relatório do Ministério da Fazenda, destacando a concentração de renda entre os mais abastados
por Barbara Luz
Publicado 02/01/2024 14:08 | Editado 02/01/2024 16:13
Foto: José Cruz/ Agência Brasil
Um relatório do
Ministério da Fazenda trouxe à tona a realidade preocupante da desigualdade na
distribuição de renda e riqueza entre os brasileiros. O estudo, publicado no
último 29 de dezembro, analisou dados do Imposto de Renda da Pessoa Física
(IRPF) de 2021 e 2022.
Segundo a pesquisa,
10% dos declarantes mais ricos concentraram 51,5% da renda total do país em
2022. Em contrapartida, a metade dos declarantes de menor renda deteve apenas 14,4%
do total de ganhos. Esse cenário reflete a disparidade econômica que persiste
no Brasil.
No ano de 2022,
aproximadamente 38,4 milhões de contribuintes apresentaram suas declarações do
Imposto de Renda, o que corresponde a 35,6% da População Economicamente Ativa
(PEA) do país. O levantamento destaca que a declaração do IRPF é obrigatória
para residentes no Brasil que tenham recebido rendimentos tributáveis acima de
R$ 28.559,70, entre outros critérios.
Quanto à riqueza,
que inclui bens e direitos declarados no IR, a concentração é ainda maior, com
os 10% mais ricos acumulando 58% da riqueza nacional. O estudo ressalta a
relevância do debate em torno da isenção de Imposto de Renda sobre lucros e
dividendos, que é a remuneração dos acionistas de empresas, que representa 35%
do total; a segunda maior isenção é destinada às pequenas e microempresas
optantes do Simples.
Outro ponto
destacado revela que, à medida que a renda aumenta, crescem as despesas
dedutíveis, como médicas, de dependentes e previdência. As despesas médicas e
da Previdência Social correspondem a 70% das deduções, sendo 41% concentradas
pelos 10% mais ricos.
A pesquisa
evidencia também a desigualdade de gênero na concentração de renda. Apesar das
mulheres representarem 51% da população em idade ativa, apenas 43% delas
declararam o imposto. Do total de declarantes, apenas 37% são mulheres,
enquanto quase 63% são homens.
Além disso, o
estudo apresenta um panorama das disparidades regionais, com o Distrito Federal
liderando a renda média do país, seguido por São Paulo e Rio de Janeiro,
enquanto o Maranhão registra a menor renda média.
Acesse a íntegra do
relatório aqui.
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com informações de agências
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