A pesquisa Ipri entrevistou 21.515 pessoas em todo o país, contra uma média de 2 mil de outros institutos, com maior margem de erro.
por Cezar Xavier
Publicado 16/02/2024 18:14 | Editado 16/02/2024 19:30
Foto: Ricardo Stuckert/PR
Um recente
levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (Ipri),
da agência FSB Comunicação, a pedido do governo de Luiz Inácio Lula da Silva,
revelou que 62% dos brasileiros avaliam positivamente o trabalho da gestão
petista. Outros 29% desaprovam o desempenho de Lula 3 e 9% não souberam dizer
ou responder.
De acordo com a
pesquisa conduzida entre 6 e 30 de janeiro de 2024, foram entrevistadas 21.515
pessoas em todo o país, a partir dos 16 anos de idade, seguindo uma amostra
representativa da população. A margem de erro foi de 1,3 pontos percentuais
para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95%.
Com esses dados, a
pesquisa revela um avanço do presidente Lula sobre o eleitorado do
ex-presidente Bolsonaro. A ideia de que Lula consegue unir o país tem crescido
na opinião pública.
A percepção de
melhora na economia, especialmente com o Natal gordo, também pode ter
contribuido para os números positivos, assim como a esperança e otimismo com o
futuro do emprego e da situação da família também apresenta melhora. O tema da
segurança pública, no entanto, é o que mais afeta os números negativos do
governo.
A aprovação da
gestão, segundo o Ipri/FSB, demonstrou uma variação significativa ao longo dos
meses, atingindo seu ápice em fevereiro de 2023, com 64%, e apresentando seu
menor índice em maio do mesmo ano, com 50%. No último levantamento, realizado
em dezembro, a aprovação situava-se em 59%, mostrando uma variação dentro da
margem de erro.
Os dados contrastam
com os resultados de outras pesquisas divulgadas por empresas do ramo, mas
revelam uma estabilidade na percepção dos brasileiros em relação ao governo de
Lula. O Quaest, por exemplo, apontou uma aprovação de 54% e 43% de desaprovação
para a gestão em dezembro de 2024, com margem de erro de 2,2 p.p. A diferença
nos levantamentos apontam para diferenças na metodologia e nos critérios
utilizados. O Quaest, por exemplo, entrevistou 2.012 pessoas contra dez vezes
mais do Ipri.
Os resultados
completos e a metodologia das pesquisas encomendadas pelo governo são
utilizados como embasamento para políticas públicas, por isso, não são abertos
para acesso aos resultados e às metodologias adotadas, segundo a Secom informou
à imprensa que veículos que divulgaram os dados. Os levantamentos presenciais
também têm sido falhos em detectar uma variação maior na opinião detectada
pelas redes sociais.
O Ipri, fundado em
2008, atua em projetos de pesquisa quantitativa e qualitativa para diversos
clientes do setor público e privado.
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