Por Dedé Rodrigues.

Recentemente o professor Saulo Gomes nas suas reflexões na Rádio Cidade de Tabira disse que quando o nossos alunos forem perguntados sobre o maior ato terrorista praticado no mundo não foi o de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos que teria sido praticado a mando de Osama Bin Laden. "FORAM AS BOMBAS ATÔMICAS LANÇADAS EM HIROSHIMA E NAGASAKI O MAIOR ATO TERRORISTA DA HISTÓRIA" Leia abaixo mais informações sobre esse horrendo crime praticado pelo império americano.
Albano Nunes: Hiroshima; um crime friamente calculado e dirigido
Ao lançar a bomba atômica sobre as populações das cidades japonesas de Hiroshima, a 6 de agosto de 1945, e de Nagasaki, três dias depois, o imperialismo norte-americano cometeu um dos maiores crimes que a história regista. Trata-se de uma tragédia que não pode cair no esquecimento.
Por Albano Nunes*, no Jornal Avante!
Particularmente quando, perante a crise estrutural profunda em que o capitalismo se debate, vivemos tempos em que avança velozmente o militarismo, se agudizam as contradições entre as grandes potências, se manifesta de modo cada vez mais inquietante a natureza agressiva do imperialismo.
Mas será que, como é frequentemente considerado mesmo entre combatentes da paz, se tratou ‘apenas’ de um ‘crime de guerra gratuito’ dado que, como está historicamente estabelecido, o Japão já estava militarmente derrotado? Pensamos que não. Tratou-se sim de um crime friamente calculado e dirigido, não contra o militarismo japonês, mas contra as forças antifascistas e progressistas de todo o mundo para afirmar os EUA, então o único país detentor da arma atômica, como potência hegemônica no plano mundial. Essa a principal razão da entrada dos EUA na 2ª Guerra Mundial ao lado da URSS. Estava declarada a ‘guerra fria’ mesmo antes de formalmente anunciada por Churchill no seu célebre discurso de Fulton em 6 de março do ano seguinte.
Mas esta monstruosa demonstração de força – a que se seguiram múltiplos planos e ameaças de novo recurso à arma atômica – não conseguiu impedir o fluxo revolucionário que acompanhou (e teve também expressão em Portugal) a derrota do projeto nazi de domínio mundial que o imperialismo norte-americano agora chamava a si. Não impediu o avanço impetuoso da luta libertadora em toda a Ásia, de que o triunfo da revolução chinesa quatro anos depois, em 1 de outubro de 1949, é a principal realização. Não impediu o nascimento de uma nova ordem jurídica internacional assente na Carta da ONU pacífica e antifascista, ordem que tem vindo a ser afrontada e destruída, com a ambição de a substituir por uma outra, totalitária e hegemonizada pelos EUA mas que a luta dos trabalhadores, dos povos e dos países progressistas tem impedido de concretizar em toda a sua extensão. Não impediu o avanço do campo dos países socialistas, avanço que ulteriores derrotas não podem fazer esquecer, e que chegou a estender-se a um terço da população mundial e a alcançar realizações de dimensão histórica. Não conseguiu sequer impedir que a União Soviética, devastada e sangrada por mais de 20 milhões de mortes, se reerguesse a um ritmo vertiginoso e se dotasse ela também da arma atômica, feito de alcance histórico a juntar a tantos outros, que obrigou os EUA a encolher as garras agressivas e abriu espaço ao avanço universal da luta libertadora dos trabalhadores e dos povos.
É certo que o imperialismo conseguiu sobreviver à derrota dos seus círculos mais reacionários e agressivos e que, depois de décadas de grandes avanços das forças do progresso social em que a revolução portuguesa se insere, conseguiu, com as dramáticas derrotas do socialismo, recuperar posições e retomar temporariamente a iniciativa, colocando de novo a Humanidade perante a ameaça de terríveis catástrofes. Ameaça que, embora inscrita na própria natureza do imperialismo, é possível afastar pela ação unida de todas as forças anti-imperialistas e amantes da paz. Mas para isso é necessário vencer primeiro a batalha da memória e contra o revisionismo histórico, batalha decisiva que se encontra hoje no primeiro plano do combate das ideias e da luta de classes.
* Albano Nunes é membro do secretariado do CC do Partido Comunista Português
1 comentários :
Será o Professor levou em consideração o ataque a base naval americana de Pearl Harbor em 7 de Dezembro de 1941, enquanto representante do JAPÃO discursava para o presidente dos EUA na época, ou seja, tornando esse ataque ilegal perante às leis de Guerra? Lembrando também que foi graças a manipulação de Hittler que o jovem imperador japonês Hiroito (que até então não tinha nenhum problema com o "império americano", como aqui chamado pelo ilustre professor) atacou essa base militar, trazendo a Guerra da Europa para a ásia, desviando os esforços para longe no Velho Mundo e trazendo para um jovem e inexperiente governante isolado na ásia... Nesses momentos eu me pergunto, se esse "ato" de terrorismo foi de fato do "império americano", ou apenas fruto da manipulação e estratégia de Guerra do próprio nazismo (que Hiroito demonstrava uma certa aprovação, mesmo não sendo integrante da tal "raça ariana")?
Aah... Esqueci, o professor é membro de um partido comunista, partidos esses que não se diferem em nada do império capitalista, quando o objetivo é ocultar informações para manipular os fatos para atingir seus objetivos.
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