Depois de trair Lula e Dilma, o governador Eduardo Campos
(PSB-PE) já trai também Marina Silva, ao promover em São Paulo um jantar com
industriais de pesticidas e latifundiários, para dizer que Marina Silva não
apita nada dentro do PSB na questão ambiental que possa causar mal-estar com
estes setores do agronegócio.
O encontro seria para apaziguar os ânimos, depois de Marina
expulsar o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) da base de apoio de Campos.
A traição seria só de Campos, não fosse o silêncio de Marina.
Ao aceitar esse jogo duplo de Campos calada, Marina trai os
próprios "sonháticos" da Rede Sustentabilidade, que até agora levam a
sério o discurso dela. Afinal, se a tal aliança dela com o PSB fosse
programática, como ela diz, Campos não poderia atropelá-la em uma reunião
destas sobre um assunto que é essencial no programa da Rede Sustentabilidade,
pelo menos na teoria.
Assim, fica cada vez mais visível que os discursos
ambientalistas passam a ser apenas instrumento demagógico de propaganda
política, sem efeito na real política. E a aliança de Marina é mais pragmática,
por ambição de poder à qualquer custo, do que programática em torno de causas.
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