Na quarta-feira (18), o Congresso Nacional, em sessão
solene, devolveu simbolicamente o mandato presidencial de João Goulart (Jango).
Contou com a presença da presidenta Dilma e familiares de Jango.
No dia 21 de novembro, por proposta dos senadores Pedro
Simon (PMDB-RS) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), foi anulada a sessão de 2 de
abril de 1964, na qual o então presidente do Congresso, Auro de Moura Andrade,
mentiu ao declarar vaga a Presidência da República, como se Goulart tivesse
abandonado a presidência. Era mais uma fraude para consumar o golpe, pois João
Goulart estava no Rio Grande do Sul, e estando em solo brasileiro, jamais a
Presidência da República poderia ser declarada vaga. Congressistas adeptos de
Jango protestaram, mas perderam na conspiração montada pelos golpistas.
A reparação histórica, se foi uma homenagem ao
ex-presidente, seus familiares, e à soberania do voto do povo brasileiro, foi
uma bofetada nas Organizações Globo e nos jornalões "Folha de São
Paulo" e "O Estado de São Paulo", que apoiaram aquele golpe e
foram coniventes com a farsa.
O jornalão O Globo, na época, foi o mais mentiroso de todos.
Enquanto o Jornal do Brasil publicava uma verdade factual, que era Jango
resistindo e articulando apoios para tentar reverter o golpe, a partir do Rio
Grande do Sul, "O Globo" mentia dizendo "fugiu Goulart". A
mentira não significava mero erro jornalístico, tinha a função de desmobilizar
aqueles que eram contra o golpe.
A verdade é dura. A Globo apoiou a ditadura.
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