Por Dedé Rodrigues.
"A sociedade brasileira, pelo sistema estrutural vigente, é muito desigual e discriminatória. Por isso a nossa luta em prol de reformas estruturais e democráticas.
Renato Rabelo.
Renato: Em 2014, nossa meta é reforçar a luta pelo avanço do
país.
"A sociedade brasileira, pelo sistema estrutural
vigente, é muito desigual e discriminatória. Por isso a nossa luta em prol de
reformas estruturais e democráticas. Somente elas poderão iniciar um processo
de mudança real no Brasil", afirmou Renato Rabelo, presidente do PCdoB, em
sua última entrevista, em 2013, no programa Palavra do Presidente.
Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo
Durante o balanço das lutas travadas ao longo do ano, o
líder comunista reafirmou que é preciso estarmos alertas em 2014, pois em 2013
não foram poucos os ataques empreendidos pela oposição conversadora e a mídia
golpista.
"Ao longo de todo o ano, a oposição atuou em torno de
um teatro de mentiras. Tal teatro buscou justificar o que eles defendem, um
chamado choque fiscal, que nada mais é do que o retorno de era obscura, a era
FHC. E o que é esse tal choque fiscal? Nada mais é do que mais juros, câmbio
sobrevalorizado, contenção dos salários. Ou seja, a defesa de um tripé nocivo
ao processo, em curso a mais de uma década, que prevê a valorização real dos
salários, geração de empregos, fortalecimento do Estado, distribuição de renda.
Essa é proposta da oposição, e está claro que ela só tem um beneficiário: o
rentista", relembrou Renato Rabelo durante a entrevista.
Acesse aqui as edições de 2013 do Palavra do Presidente
E mais, o presidente do PCdoB esclareceu que o receituário
proposto pela oposição conservadora, se converte em um duro custo social ao
país. "Essa experiência nós já conhecemos. Ela não serve para o Brasil. Esse
receituário foi prescrito para a Europa e lá os efeitos colaterais foram:
desemprego em alta, corte de salários e de direitos sociais, ou seja, quem
pagou essa conta foi o trabalhador". E completou: "Como ouvir a voz
das ruas defendendo redução do Estado, defendendo corte nos
investimentos?", questionou o líder comunista.
Como reposta para essa onda reacionário empreendida pela
oposição ao longo dos últimos anos, e especialmente em 2013, Renato deixou
claro que "a luta pela reforma política é central, sem ela nào avançaremos
na democracia. E mais, a reforma dos meios de comuncação é outra e da mídia
batalha que precisamos vencer".
Ele reafirmou que 2014 dará espaço a uma intensa luta, na
qual os comunistas tem um papel estratégico.será central
Manifestações de Junho
Durante a entrevista, Renato também refletiu sobre as
manifestações de junho, que ocorreram em todo o Brasil. Ele destacou a validade
das manifestações (veja mais) que reivindicaram bandeiras necessárias para o
Brasil.
"As bandeiras pelo povo nas ruas do Brasil são
legítimas. As cidades vivem hoje uma crise urbana que precisa ser combatida. Ou
seja, estamos diante de demandas urgentes que chamam os governos (federal,
estadual e municipal) à sua responsabilidade", pontua o líder comunista.
Jornada de Luta da Juventude, em 2013, tomam as ruas para
lutar por mudanças, por uma nova arrancada. Foto: Fernando Donasci/UOL.
Renato lembra que a nova realidade do Brasil é o grande
influenciador dessa efervescência. "O povo quer mais. O PCdoB refende uma
nova arrancada. A presidenta entende isso e já deu seus primeiros passos nesse
sentido. Não podemos perder a oportunidade de reformar o Brasil. Para 2014,
nosso lema é continuar a luta pelas reformas estruturais, pelo avanço do
Brasil".
13º Congresso Nacional do PCdoB
Na oportunidade, o presidente Nacional do PCdoB falou sobre
a realização do 13º Congresso Nacional do PCdoB, que ocorreu nos 14, 15 e 16 de
novembro em São Paulo. Nas suas palavras: "Foi u Congresso vitorioso e que
refletiu a força do Partido pelo Brasil".
Ele lembrou que o Congresso fez amplo balanço dos últimos
dez anos de governos populares e progressistas no Brasil, nos quais o Partido
teve ampla participação. Ele também destacou o simbolismo da presença da
presidenta Dilma Rousseff. "É singular ter presente a mandatária do país.
Dilma falou dos avanços do Brasil e reconheceu a contribuição dos comunistas
nos diferentes setores sociais e políticos", afirmou Renato.
O dirigente comunista ainda pontuou que os debates
realizados em todas as etapas de preparação para o Congresso sinalizaram
concordância com as propostas apresentadas nas teses. Renato ainda destacou o
denso debate e entendimento dos comunistas e das comunistas no que se refere ao
processo analisado e às propostas que o PCdoB quer implementar para construir
um novo Brasil, as quais estão resumidas nas 6 reformas (Tributária, Agrária,
Urbana, Educação, Mídia e Política).
“Terminamos o 13º Congresso com um sentimento de que estamos
cada vez mais fortes e comprometidos com as bandeiras do povo brasileiro”,
avaliou o presidente do PCdoB, contando que foram aprovadas resoluções atuais,
justas e que orientam o partido para uma nova e desafiadora etapa do Brasil.
Ouça a íntegra da entrevista na Rádio Vermelho:
Retrospectiva 2013 - Entrevista Renato Rabelo
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