O Comitê Central do Partido Comunista do Brasil realiza
desde a sexta-feira (7), em São Paulo, até domingo (9), sua segunda reunião
plenária. Em pauta, a conjuntura política, os preparativos para a campanha
eleitoral e a eleição dos órgãos executivos da direção partidária: Comissão
Política (vagas restantes), Secretariado, secretarias e coordenações setoriais
e temáticas.
De acordo com o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, o Brasil
precisa não só dar continuidade, mas aprofundar as mudanças em curso no país
desde que se abriu um novo ciclo político com a eleição do ex-presidente Lula
em 2002. Rabelo invocou as resoluções do 13º Congresso comunista, realizado em
novembro último, lembrando que é imperativo promover uma nova arrancada para o
desenvolvimento nacional robusto e duradouro, que atenda os reclamos do povo e
dê respostas aos anseios de melhoria crescente da vida do povo e dos
trabalhadores. De acordo com o dirigente comunista, esta arrancada exige mais
desenvolvimento, mais democracia e mais progresso social.
Mais de uma década passada desde que se iniciou o novo ciclo
político, quando o Brasil alcançou nova etapa, é necessário formular uma
estratégia de desenvolvimento focada na elevação dos investimentos e no aumento
da produtividade, propõe Renato. No plano estrutural, tornar o país integrado
nacionalmente com poderosa infraestrutura logística e promover uma reforma
urbana que humanize as cidades.
Segundo ele, as mudanças necessárias ao País não ocorrerão
por obra do acaso, mas demandam um conjunto de lutas, movimentos e alianças que
resultem na reforma do Estado brasileiro, na sua democratização e modernização.
Este objetivo – assinala o líder do PCdoB – exige a realização das reformas
estruturais, nomeadamente a reforma do sistema político e dos meios de
comunicação.
Reeleição de Dilma
O Comitê Central do PCdoB está convicto de que a tarefa
central do momento é barrar o retrocesso e assegurar a quarta vitória
consecutiva do povo, com a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, objetivo
indissociável da elevação da representação parlamentar dos comunistas e da
conquista de ao menos um governo estadual, no caso concreto do Maranhão, com a
eleição de Flávio Dino. Uma expressiva vitória eleitoral dos comunistas
fortalecerá o papel da esquerda para impulsionar os avanços que o povo
brasileiro exige – assinalou a vice-presidenta do PCdoB, Luciana Santos, que
apresentou um informe sobre os preparativos da intervenção eleitoral dos
comunistas em 2014.
Oposição
Renato Rabelo criticou severamente os principais candidatos
da oposição que sucumbem às chantagens do capital financeiro e da oligarquia
financeira. De acordo com o presidente do PCdoB, esses candidatos acolhem de
modo explícito ou implícito as exigências do sistema financeiro. Encarregam-se
de criar um clima de instabilidade, espalhando prognósticos aterrorizadores
sobre o desempenho da economia, ocultam os fatores positivos, como o pleno
emprego e a redução das desigualdades, entre outros aspectos. Para Renato,
esses candidatos oposicionistas difundem um diagnóstico de um país à beira do
precipício.
O presidente do PCdoB advertiu que a oligarquia financeira
tenta encurralar o governo da presidenta Dilma Rousseff a fim de obter
cedências programáticas. Igualmente, contando com o auxílio da mídia privada e
monopolizada, a oligarquia financeira promove os candidatos da oposição que,
embora ostentem um figurino aparentemente novo, na verdade querem que o Brasil
volte às orientações neoliberais da década de 1990, com desregulamentação
financeira, ditadura do mercado, austeridade fiscal, arrocho salarial e
desemprego.
O coletivo dirigente comunista adotará resoluções para
fortalecer o PCdoB em todos os terrenos, a fim de fortalecer a expansão e a
construção orgânica e ideológica do Partido, conforme as diretrizes do 13º
Congresso. A construção partidária para este ano de 2014 deve ter como foco o
êxito do projeto eleitoral. As convenções estaduais, no período de 10 a 30 de
junho, serão o termômetro da mobilização partidária organizada, demonstração de
força e prestígio político das candidaturas.
Da Redação do Vermelho
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