Da
revista CartaCapital:
A bancada do PCdoB na Câmara, liderada pela deputada federal Jandira Feghali
(RJ), afirmou que irá enviar nesta quinta-feira 20 à Secretaria de Comunicação
Social da Presidência um questionamento sobre as verbas publicitárias
destinadas pelo governo federal ao SBT.
O motivo é a manutenção da apresentadora Rachel Sheherazade no programa SBT
Brasil. O grupo argumenta que a jornalista “desafia o código de ética dos
jornalistas e incita a intolerância, a violência e o crime contra minorias
sociais em seu programa”.
Sheherazade causou polêmica, no início do mês, ao afirmar que
a ação dos criminosos que agrediram e amarraram um garoto ao poste, no Rio de
Janeiro, era uma “legítima defesa coletiva”. Segundo Sheherazade, diante do que
classificou como desmoralização da polícia e da omissão do Estado, era
“compreensível” que “cidadão de bem” reagissem. Ela chamou o adolescente de
marginal e pediu, em tom de deboche, aos grupos em defesa de direitos humanos
que estavam com "pena" do garoto para adotarem o “bandido”.
Dados recentes mostram que a emissora de Silvio Santos recebeu 153,5 milhões de
reais para veicular propagandas do governo federal em 2012. É a terceira
empresa que mais recebe recursos destinados à publicidade de ministérios,
órgãos e estatais.
Em 2013, a então ministra-chefe da Secom, Helena Chagas, foi convidada do
debate 'Expresso 168', na Comissão de Cultura da Câmara, presidida por Feghali,
e afirmou que veículos de comunicação ou concessões públicas que violem a
Constituição ou incitem crimes de intolerância ou violência poderiam perder
toda a verba publicitária do governo. A ideia dos deputados é levar o atual
ministro da Secom, Thomas Traumann, a explicar por que o governo autoriza
verbas publicitárias em uma emissora que permite a uma apresentadora incitar o
ódio em horário nobre.
0 comentários :
Postar um comentário