O jornalão Folha de São Paulo fez uma matéria sobre como
Marina Silva sobrevive, já que desde 2011 ela não tem mais o salário de
Senadora e não ocupa nenhum cargo nem tem nenhum emprego.
Desde 2011, Marina abriu uma empresa para fazer palestras e,
segundo a Folha, faturou R$ 1,6 milhão até maio desde ano, quando fez a última.
A candidata disse ao jornal que ela assinou 65 contratos e fez 72 palestras
remuneradas, mas se recusa a dizer quem a contratou, alegando
"confidencialidade".
Curioso este conceito de confidencialidade de Marina. Não
dizer quanto cobra por palestra é compreensível, pois normalmente as
negociações são diferentes conforme o perfil do contratante e do evento. Mas se
negar a dizer quem já a contratou é falta de transparência. Nem faz muito
sentido se as palestras tiverem acontecido de verdade, pois não haveria segredo
tendo uma platéia inteira como testemunha em um evento de divulgação pública.
Ela deu palestras em empresas de agrotóxicos? Tem vergonha
de falar que deu palestras no Itaú? No Citibank? Na Bandeirantes Pneus? Em
alguma empresa envolvida em escândalos? Afinal o que ela tem a esconder do
eleitor?
Sala fechada e doações de Neca Setúbal do Itaú.
Segundo a Folha, a sede da empresa de palestras estava
fechada na sexta-feira. Fica em uma sala ao lado de outras cinco do Instituto
Marina Silva em Brasília. O Instituto estava aberto e se mantém com doações.
Entre os principais doadores está Neca Setúbal, acionista do Itaú e irmã do
presidente do banco, que coordena o programa de governo de Marina.
Segundo a Folha, o Instituto criado também em 2011 tem a
função de desenvolver projetos da área ambiental, digitalizar o acervo de
Marina Silva e intermediar palestras gratuitas.
Mas não tem site do Instituto na internet, pelo menos que se
possa localizar nos mecanismos de busca. A página do Facebook em nome da
entidade, se for oficial, está apenas reservada, vazia. Isso demonstra baixa
atividade nos fins que se propõe, parecendo funcionar mais como suporte à
carreira política da candidata.
Falta de ética na política é usar o passado em movimentos
sociais para sair candidata dos banqueiros.
As atividades privadas empresariais e no Instituto de
Marina, enquanto privadas e se estiverem dentro da lei, não seria problema
público.
Mas vira problema público sim, quando ela sai candidata a
presidenta da República com apoio do mesmo grupo de magnatas que parecem fazer
uma ação entre amigos para sustentar financeiramente Marina desde 2011.
Esse grupo constitui praticamente um partido político informal
e oculto de banqueiros e empresários que está usando Marina Silva para chegarem
ao poder. Dão a ela o poder simbólico e ficam com o poder de fato para si, com
as chaves do cofre do nação, controlando a equipe econômica, inclusive criando
leis para impedir ingerência governamental no Banco Central.
Eu pergunto: É ético Marina Silva se apresentar com a imagem
de sua história de vida do passado, e esconder do eleitor os reais compromissos
do presente com banqueiros?
O engodo da "nova política"
Cruzem os dados e verão que os mesmos que financiam Marina,
são os mesmos que financiam as bancadas mais atrasadas, retrógradas,
fisiológicas e corruptas no Congresso Nacional.
O plano perfeito é esse: Marina serve para tirar Dilma do
cargo, ficar de rabo preso com os banqueiros, e mesmo se quiser se rebelar em
algum tema contra os banqueiros, o Congresso Nacional não deixará.
Logo é piada falar em "nova política" com Marina
ao lado de banqueiros e reacionários que financiam bancadas da velha política,
e fazem oposição às conquistas trabalhistas, populares e de distribuição de
renda.
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