Por Altamiro Borges
Por seis votos a um, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
negou, na madrugada desta quarta-feira (27), o registro da candidatura de José
Roberto Arruda (PR) ao governo do Distrito Federal. Os ministros consideraram
que o ex-demo, flagrado garfando dinheiro público junto com seus apaniguados,
feriu a Lei da Ficha Limpa. O único voto favorável ao político metido no
escândalo do "mensalão do DEM" foi dado pelo ministro Gilmar Mendes,
o ex-presidente do STF que também concedeu habeas-corpus ao agiota Daniel Dantas
e ao médico-estuprador Roger Abdelmassih e que ganhou fama de carrasco no
julgamento midiático do chamado "mensalão do PT".
Segundo a Agência Brasil, a decisão do TSE foi baseada na
sentença do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF). "A
maioria dos ministros concordou com o voto do relator do recurso, ministro
Henrique Neves, que votou pela rejeição da candidatura de Arruda devido à
condenação em segunda instância. 'O acórdão que confirmou a condenação foi
publicado no dia 21 de julho. A partir desta data, a inelegibilidade deve ser
contada', afirmou... O ministro Gilmar Mendes votou a favor do recurso por
defender a jurisprudência do TSE, cuja definição é que as condições de
elegibilidade são aferidas no momento da apresentação do registro, momento no
qual Arruda não tinha sido condenado".
José Roberto Arruda já anunciou que irá recorrer no Supremo
Tribunal Federal (STF) e que manterá a sua campanha ao governo do DF, na qual
ainda desponta como líder das pesquisas. De qualquer forma, a decisão do TSE
representa um duro baque na sua ambição e também respinga em Aécio Neves. Em
recente entrevista, o ex-demo afirmou que daria "total apoio" ao
cambaleante presidenciável do PSDB. Já nas eleições de 2010, Arruda chegou a
ser cogitado como "vice-careca" do tucano José Serra. Na época, a
revista Veja - a mesma que elegeu Demóstenes Torres como um "mosqueteiro
da ética" - havia apontado o ex-governador do DF como um exemplo de
"gestor competente".
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