Por Altamiro Borges
A entrevista da presidenta Dilma, em que ela fustigou FHC ao
lembrar que no seu governo nada foi apurado sobre as denúncias de corrupção na
Petrobras, segue rendendo – o que comprova que ela acertou no alvo e na nova
estratégia de partir para o enfrentamento e não levar mais desaforo para a
casa. Nesta segunda-feira (23), o site do Instituto Teotônio Vilela, órgão da
pretensa intelectualidade do PSDB, reagiu enfurecido. Num artigo carregado de
adjetivos, típico dos desesperados, o ITV rosnou: “Dilma foi uma espécie de mãe
do petrolão. Cabe a ela e ao PT responder pelos 12 anos de assalto do partido à
empresa”
.
Confessando que sentiu a pancada, o texto ainda resmunga:
“Afirmar que o problema da roubalheira da Petrobrás repousa no que supostamente
aconteceu na empresa quase duas décadas atrás é afrontar a inteligência dos
brasileiros”. Na verdade, quem subestima a inteligência dos brasileiros é o
PSDB. Afinal, foi o próprio ex-diretor da Petrobras quem afirmou que o esquema
de propinas na Petrobras começou em 1997, durante o primeiro mandato de FHC. A
TV Globo até ordenou que os seus serviçais não citassem o nome do ex-presidente
tucano na cobertura da Lava-Jato. Mas o povo não é bobo... Fora Rede Globo!
Quem afronta as instituições e a inteligência dos brasileiros
é a oposição tucana, que até hoje não engoliu a quarta derrota seguida nas
eleições e tenta criar um clima para forçar o impeachment de Dilma. Mas o povo
não é bobo e sabe que esta oposição raivosa reúne políticos mais sujos do que
pau de galinheiro. O discurso moralista sai da boca dos imorais! O povo não é
bobo e ainda se recorda da criminosa privataria tucana, que rendeu fortunas em
paraísos fiscais aos “familiares” do tucanato. O povo sabe que durante o
reinado de FHC a Petrobras quase foi privatizada e virou “Petrobrax”, para
saciar o apetite das multinacionais do petróleo. Até um jornalista avesso às
estatais, como Paulo Francis, denunciou o intenso processo de corrupção na
estatal na época.
Em síntese, o povo não é bobo e sabe que FHC foi o “pai da
privataria, do desemprego, do arrocho, da retirada de direitos trabalhistas e
da miséria”. Por isto, FHC é rejeitado pela maioria dos brasileiros. Ele pode
até ter os holofotes da mídia privada, mas é odiado pelo povo. Por isto, o PSDB
– uma sigla medíocre, sem programa e sem rumo – abdica do seu passado da luta
pela redemocratização e adota a tática golpista. O ITV afronta a memória do
alagoano Teotônio Vilela, um político das classes dominantes que não vacilou em
lutar pela verdade em plena ditadura militar. Com seu texto carregado de ódio,
o instituto da mesquinha e rancorosa intelectualidade tucana só confirma que se
transformou num antro de golpistas desqualificados.
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