Por Silvio Costa
Neste momento em que as mulheres, mesmo que ainda de forma
insuficiente, passam a desempenhar importantes cargos em diversos níveis – como
professoras, cientistas, parlamentares, ministras, etc. – e avançar rumo a
ocupação de significativo espaço público, é oportuno destacar a participação
das mulheres revolucionárias, denominadas pejorativamente pelas forças
reacionárias e aristocrático-burguesas, de les pétroleuses, ou seja, as
incendiárias.
A presença e a participação feminina nas lutas políticas e
revolucionárias na França e outros países é uma constante, inclusive, o símbolo
da República francesa é representado por uma mulher.
Em que pese a destacada participação das mulheres nos
principais acontecimentos de nossa história, principalmente a partir da denominada
história moderna, até algumas décadas atrás o envolvimento feminino nas lutas
políticas revolucionárias não era estudado.
As mulheres estiveram presentes, mas relegadas e
marginalizadas. Esta realidade que está sendo mudada nas últimas décadas pelo
esforço destacado das feministas, que ousam investigar e comprovam que as
mulheres, cerca de 50% – possivelmente com pequenas diferenças em um ou outro
período – da população em toda a história da humanidade, estiveram participando
dos fatos históricos, onde o destaque fica com as mulheres trabalhadoras, que
desafiando os preconceitos e os limites culturais – inclusive contra homens
revolucionários –, conquistaram seus direitos, não somente como parte
integrante da parcela social majoritária, explorada e oprimida, mas também de
seus direitos específicos enquanto mulheres.
Em todas as revoluções burguesas e proletárias dos séculos
XVIII, XIX e XX, “as mulheres com estudos utilizaram as oportunidades que se
lhes ofereceram de defender reivindicações sociais, econômicas e políticas
radicais, sobretudo aquelas destinadas a transformar o lugar que ocupam as
mulheres na família e na economia, em concreto mediante a exigência de direitos
e igualdade legais. Sem dúvida, as mulheres da classe baixa também participaram,
sobretudo quando os problemas econômicos ameaçavam seu nível de vida e o de
suas famílias. Com frequência estas mulheres conectaram estas questões com as
lutas pelo poder e as mudanças políticas radicais que tinham lugar e fizeram
pleno uso da oportunidade de pressionar a favor de reformas legais e
constitucionais. (...) Sem dúvida, em linhas gerais, os homens revolucionários
não parece que hajam tido muito em conta os direitos da mulher(...) muitos
homens temiam ao que parece, que as mulheres participassem em atividades
políticas. Como consequência, os políticos e historiadores homens ignoraram as
mulheres revolucionárias ou as pintaram como amazonas e feras, enquanto que
muitos homens radicais têm-se mostrado às vezes pouco dispostos a respaldar os
direitos da mulher, por receio de parecer insensatos aos olhos dos demais
homens.” (Todd, 2000: 128).
As mulheres na revolução de 1789
Já no ano de 1789 e posteriores, as mulheres participam de
forma destacada nas lutas revolucionárias. Como um dos setores mais sensíveis
às conseqüências das crises, assume papel de destaque nas mobilizações contra a
escassez, a fome, a irregularidade no abastecimento, mas não ficam somente
nestas lutas, começam a formular e apresentar suas reivindicações específicas,
de forma cada vez mais destacada. Criam associações destinadas a exigir a
defesa dos direitos das mulheres, como por exemplo a Sociedade de Mulheres
Republicanas Revolucionárias, fundada em fevereiro de 1793, por Claire Lacombe
e Pauline Léon , responsável por diversas conquistas revolucionário-populares.
Algumas feministas conseguem destacar-se na defesa de seus
direitos e por colocar suas reivindicações específicas como parte das
plataformas políticas mais gerais. Entre estas se destacam Marie-Jeanne Roland,
conhecida como “Manon” Roland, discípula de Rousseau e célebre como a filósofa
republicana; a holandesa Etta Palm d´Aelders; Olympe de Gouges, que redigiu uma
Declaração dos Direitos da Mulher; Tréroigne de Méricourt, que se destacou no
grupo Amigos da Constituição em 1790. Deve-se anotar que a participação das
mulheres neste momento é identificada, pelo próprio caráter e pelo conteúdo de
classe, com a perspectiva burguesa e não avançando em suas reivindicações
especificas, o que só surgirá posteriormente.
A primavera dos povos em 1848
Em geral a participação feminina nas revoluções de 1848,
quando da primavera dos povos, manifesta um conteúdo um pouco diferente da fase
anterior, pois é destacada a presença das trabalhadoras e o surgimento das
ideias socialistas e comunistas, que defendem a igualdade para as mulheres e a
associam com a emancipação de classe, com a superação da ordem existente.
A Revolução de 1848, na França, principalmente em Paris, a
exemplo de outros períodos revolucionários, destaca-se como o momento em que
aconteceu o maior número de manifestações proletárias e onde as mulheres
participaram com destaque, inclusive de forma independente, na organização de
greves e associações gremiais, e reivindicaram que o Plano Nacional de Trabalho
não seja excludente às mulheres e restrito a minorar só as consequências do
desemprego masculino. Inclusive conseguem que representantes dos grêmios de
mulheres façam parte da Comissão Luxemburgo, responsável por analisar e
apresentar ao governo provisório, sugestões relativas as condições de vida dos
trabalhadores e sobre os salários.
Entre as organizações específicas fundadas neste período
destaca-se as Vésuviennes, que ao lutar pelas reivindicações femininas,
organizava grupos de mulheres para treinamentos com conteúdo militar; o Clube
para a Emancipação das Mulheres; a União das Mulheres e a Associação Fraternal
de Democratas de Ambos os Sexos reivindicavam a igualdade de direitos para as
mulheres, o direito ao divórcio e de voto. Registra-se, também, que muitas
mulheres assistiram as reuniões da Sociedade Republicana Central dirigida por
Blanqui e que, em algumas cidades das províncias, surgiram clubes femininos.
(Todd, 2000: 135).
“Os defensores dos direitos da mulher também imprimiram
milhares de cartazes, boletins e conclamações, além de fundar revistas e
jornais, o mais importante deles foi La Voix des Femmes (A Voz das Mulheres),
defendia o divórcio e creches para os filhos das mulheres trabalhadoras. Fora
de Paris, seus esforços tendiam a limitar-se a exortar a seus maridos para que
passassem à ação(...), sem dúvida, a medida em que o processo de politização
característico das revoluções de 1848 se estendia, a participação política das
mulheres tendia a aumentar. Algumas lutaram nas barricadas durante a revolução
de fevereiro, mas foram muitas mais as que participaram na acentuada luta de
rua de junho de 1848. As mulheres de Paris lutaram com tanta decisão como os
homens e constituíram uma pequena porcentagem do total de mortos, feridos ou
feitos prisioneiros. Ainda que algumas se limitaram a carregar e limpar as
armas, outras dirigiram grupos de combate integrados só por homens. A atividade
política das mulheres se restringiram depois que se reprimiu o levante dos
“dias de junho”, mas muitas haviam aumentado sua consciência social e
política.” (Todd, 2000: 135).
Muitas das ativistas femininas, ou melhor, feministas,
lutaram não só nos acontecimentos da Revolução de 1848 na França, mas tiveram
papel político importante nas lutas feminista posteriores, entre as quais se
destacam: Eugénie Niboyet, responsável pela publicação do periódico parisiense
Voz das Mulheres, dedicado à defesa dos direitos específicos das mulheres;
Jeanne Déroin, fundadora do Clube para a Emancipação das Mulheres; Joséphine
Courbois, conhecida como a rainha das barricadas, por sua atuação destacada nas
barricadas em Lyón, e despois em 1871, em continuidade a sua militância, lutou
nas barricadas da Comuna de Paris; Amadine Lucile Aurore Dudevant, conhecida
como George Sand, intelectual e escritora conhecida por suas idéias
republicanas e revolucionárias.
Em outros países da Europa, a presença e participação
feminina nas lutas revolucionárias de 1848 não alcançaram o nível e a
intensidade que teve na França. No Império Austro-Húngaro, em Viena e Praga, as
mulheres, mesmo que não haja registros de que apresentaram reivindicações
específicas, se reuniam para tratar de assuntos políticos e publicar
periódicos. Há registros de que em Praga, em junho de 1848, participaram das
lutas, e em Viena, em outubro, auxiliaram na construção de barricadas. Na Hungria
se chegou a formar dois regimentos femininos e algumas mulheres, disfarçadas de
homens, alistaram-se nas tropas, inclusive há o caso de duas atingirem o posto
de capitão antes de serem descobertas. A existência de organizações femininas
se restringe praticamente a Praga e Viena, e se dedicavam a apoiar aos
refugiados políticos e insurgentes prisioneiros. O Clube das Mulheres Eslavas,
organizado em Praga, se dedicava à educação das mulheres em sua língua pátria.
Nos Estados alemães, na cidade têxtil de Elberfeld, as
mulheres participaram no 31 de março de 1848 de uma manifestação em apoio aos
trabalhadores e pela unificação da Alemanha, quando propuseram que se usasse
somente a roupa confeccionada no país. Em outras localidades e eventos a
participação se limitou a atividades de apoio. Os homens em seus clubes
políticos, inclusive os burgueses radicais, com exceção dos socialistas e
comunistas, não permitiam a participação feminina. Em Berlim, o pequeno
Congresso dos Trabalhadores, que congregava 31 organizações, apoiava a
reivindicação de igualdade para as mulheres, e registra-se também, a existência
do Clube Democrático de Mulheres. Entre as mulheres se destacam as feministas
Matilde Franziska Anneke e Luise Otto-Peters, responsáveis pela publicação de periódicos.
Nos Estados Italianos antes de 1848, em que pese certa
presença das mulheres e de suas idéias nacionalistas e liberais, sua
participação se limitou com algumas poucas exceções, a apoiar as atividades
revolucionárias dos homens. Em geral, as mulheres italianas, neste período, não
foram além do apoio a seus esposos e familiares. O destaque nos Estados
Italianos é da brasileira Anita Garibaldi, considerada a verdadeira heroina
italiana, por sua participação ao lado de Garibaldi, seu esposo, nas lutas pela
unificação da Itália.
As mulheres na Comuna de Paris de 1871
Mas, de todas essas lutas revolucionárias nas que as
mulheres tiveram participação, o grande destaque foi na Comuna de Paris, seja
por seu conteúdo político ou seja pelo número e intensidade.
Em 1871, os trabalhadores padeciam em precárias condições de
vida e as trabalhadoras, em que pese a participação das mulheres nas jornadas
revolucionárias em quase um século de luta de classes, padeciam de dupla
exploração e discriminação, enquanto mulheres e trabalhadoras, e estavam
excluídas de direitos políticos básicos, como por exemplo o direito ao voto.
Um exemplo das discriminações as quais estavam submetidas as
mulheres é explicitado pelo código civil francês, modelo de código civil
burguês e seguido em diferentes países, “foi um dos documentos mais
reacionários no que diz respeito à questão da mulher. A despojava de todo e
qualquer direito, submetendo-a inteiramente ao pai ou ao marido, não reconhecia
a união de fato e só reconhecia aos filhos do casamento oficial.” (Martins,
1991: 47-48). Para muitas mulheres, a Comuna se apresenta não só como uma
possibilidade de conquistar uma República social, mas de conquistar uma
República social com igualdade de direitos para as mulheres.
No dia 18 de março de 1871, considerado o dia do deflagrar
da Comuna, foram as mulheres as primeiras a dar o alarme e revelar a intenção
das tropas a mando do governo de Thiers, de retirar os canhões das colinas de
Montmartre e desarmar Paris. As mulheres se puseram diante das tropas
governamentais e impediram com seus corpos que os canhões fossem retirados e
incitaram a reação do proletariado e da Guarda Nacional à defesa de Paris.
“Em concreto, as mulheres trabalharam em fábricas de armas e
munições, fizeram uniformes e dotaram de pessoal aos hospitais improvisados,
além de ajudar a construir barricadas. Muitas delas foram destinadas aos
batalhões da Guarda Nacional como cantinières, onde se encarregavam de
proporcionar alimentos e bebida aos soldados das barricadas, além dos primeiros
auxílios básicos. Na teoria, eram quatro as cantinières destinadas a cada
batalhão, mas na prática ocorria ser muito mais. Por outra parte, abundantes
dados mostram que muitas mulheres recolheram as armas de homens mortos ou
feridos e lutaram com grande determinação e valentia. Também houve um batalhão
composto por 120 mulheres da Guarda Nacional que lutou com valentia nas
barricadas durante a última semana da Comuna. Obrigadas a retirar-se da
barricada da Place Blanche, se transladaram à Place Pigalle e lutaram até que
as cercaram. Algumas escaparam ao Boulevard Magenta, onde todas morreram na
luta final.” (Todd, 2000: 140).
As mulheres desenvolveram uma série de atividades e mais
destacadamente as destinadas à assistência aos feridos e enfermos, à educação
em geral e ao abastecimento. Mesmo que não houvesse movimentos e organizações
feministas como conhecemos hoje, e não tenha sido elaborado um programa só com
reivindicações específicas, as revolucionárias criaram cooperativas de trabalhadores
e sindicatos específicos para as mulheres. Participaram ativamente de clubes
políticos, reivindicando a igualdade de direitos, como por exemplo o Clube dos
Proletários e o Clube dos Livrepensadores.
Criaram organizações próprias como o Comitê de Mulheres para
a Vigilância, o Clube da Revolução Social, o Clube da Revolução e o que
conseguiu destacar-se entre eles foi a União de Mulheres para a Defesa de Paris
e a Ajuda aos feridos fundada por membros da Internacional, influenciada pelas
idéias de Marx. Publicaram-se periódicos destinados às mulheres: Le Journal des
Citoyennes de la Comuna (Jornal das Cidadãs da Comuna) e La Sociale (A
Sociedade).
As revolucionárias na Comuna adquiriam importância não só
como lutadoras das causas sociais, mas como feministas, que pertenciam à classe
operária ou aos setores radicais dos setores médios, identificadas com as lutas
pela conquista de uma República social com igualdade de direitos. Entre as
mulheres neste período, a que ficou mais conhecida foi a ativista socialista
Louise Michel, fundadora da União de Mulheres para a Defesa de París e de apoio
aos Feridos e membro da I Internacional.
Destacam-se ainda: Elizabeth Dmitrieff, militante socialista
e feminista; André Léo, responsável pela publicação do periódico La Sociale;
Beatriz Excoffon, Sophie Poirier y Anna Jaclard, militantes do Comitê de
Mulheres para a Vigilância; Marie-Catherine Rigissart, que comandou um batalhão
de mulheres; Adélaide Valentin, que chegou ao posto de coronel, y Louise
Neckebecker, capitão de companhia; Nathalie Lemel, Aline Jacquier, Marcelle
Tinayre, Otavine Tardif y Blanche Lefebvre, fundadoras da União de Mulheres,
sendo que a última foi executada sumariamente pelas tropas da reação, e
Joséphine Courbois, que havia lutado em 1848 nas barricadas de Lyón, onde era
conhecida como a rainha das barricadas. Se deve citar ainda a Jeanne Hachette,
Victorine Louvert, Marguerite Lachaise, Josephine Marchais, Leontine Suétens y
Natalie Lemel.
Depois da derrota militar da Comuna de Paris de 1871, as
forças conservadoras e reacionárias, na impossibilidade de eliminar este
exemplo heroico que demonstra a possibilidade de destruição da ordem burguesa,
disseminam uma grande campanha de calúnias contra o proletariado, as mulheres
revolucionárias, os socialistas, os comunistas e em particular contra a I
Internacional.
“Algumas fontes fazem referência às incendiárias, as
pétroleuses, que atearam fogo aos edifícios públicos durante a Semaine
Sanglante final da Comuna. Estas histórias parecem ser fruto do alarmismo
antifeminista de inspiração governamental e a maioria dos correspondentes
estrangeiros presentes não acreditaram. Não obstante, as tropas governamentais
executaram de maneira sumária a centenas de mulheres, e inclusive lhes batendo
até a morte, porque eram suspeitas de ser pétroleuses. Contudo, apesar do fato
de que mais tarde se acusou a muitas mais mulheres de ser incendiárias, os
conselheiros de guerra não encontraram nenhuma culpável desse delito. Sem
dúvida, há provas que indicam que, durante os últimos dias, as mulheres
aguentaram mais tempo detrás das barricadas que os homens. No total, foram
submetidas 1.051 mulheres a conselhos de guerra, realizados entre agosto de
1871 e janeiro de 1873: oito foram sentenciadas a morte; nove a trabalho
forçados e 36 a serem deportadas à colônias penitenciárias.” (Todd, 2000:
140-141).
A Comuna de Paris e a destacada participação feminina em
atividades consideram até então, como masculinas, reafirma a força
revolucionária da mulher, já desenhada a partir da revolução de 1789, e que se
transformou em uma onda histórica mundial indestrutível. As mulheres, a partir
da Comuna de Paris passam a contribuir com grande parte da força que coloca em
movimento a máquina da revolução proletária, indicando que elas não mais
deixariam a cena da luta dos explorados e oprimidos por uma nova sociedade de
progresso social e de liberdade.
Bibliografia
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- Lissagaray, Hippolyte Prosper-Olivier (1991): História da
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- Ruy, José Carlos (1991): “O socialismo está morto. Viva o
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- Saes, Décio (1994): Estado e Democracia: ensaios teóricos.
Campinas: IFCH/Unicamp. (Col. Trajetória 1)
- Todd, Allan (2000): Las revoluciones. 1789-1917. Madrid:
Alianza.
* Artigo publicado originalmente na revista Presença da
Mulher.
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