Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:
A mídia agora tem um prato cheio para iniciar seu jogo
semiótico de manipulações.
Quando não é possível contar uma mentira no corpo do texto,
usa-se a manchete ou mesmo a foto para cumprir o objetivo.
Por isso é importante esclarecer alguns pontos sobre Dilma.
A mídia está tentando, por exemplo, promover a seguinte
confusão: de que o nome dela não foi incluído na lista porque o PGR não teria
poder para fazer isso.
Ora, o nome de Dilma foi citado apenas lateralmente por
Paulo Roberto Costa, num dos depoimentos em que ele acusa Palocci (acusação que
ainda terá de ser provada, naturalmente).
Costa disse que foi procurado por Alberto Youssef, que por
sua vez trazia um pedido de Palocci: que R$ 2 milhões, pertencentes ao “caixa”
do PP, fossem repassados à campanha de Dilma de 2010.
Só que Alberto Youssef negou peremptoriamente que tivesse
feito isso.
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Trecho de matéria da Folha, publicada há pouco:
“O nome de Dilma foi citado em um dos depoimentos do
ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que firmou acordo
de delação premiada com o Ministério Público.
Ele contou que foi procurado pelo doleiro Alberto Youssef em
2010. Na ocasião, segundo Costa, Youssef disse ter recebido um pedido de
Palocci para que fossem doados R$ 2 milhões do caixa do PP, abastecido com
recursos desviados da Petrobras, à campanha de Dilma.
Costa admitiu ter autorizado a contribuição e relatou que,
posteriormente, Youssef confirmou que repassou à quantia solicitada. Não
esclareceu, no entanto, se o pedido foi feito por Palocci ou por um algum
assessor dele.
O doleiro, porém, desmentiu Costa, negando que Palocci tenha
pleiteado a doação. Também beneficiado pela colaboração premiada, Youssef
declarou “categoricamente que está afirmação (feita por Costa) não é verdadeira”.
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