Autor: Fernando Brito
Se a mídia ocidental desse ouvido aos árabes, a entrevista
que a Al Jazeera vai levar ao ar daqui a pouco ( às 17:30, hora de Brasília) em
seu canal em inglês teria o poder de uma bomba. Não terá, apenas por esta razão
e porque a mídia já se embrenhou tanto na construção do personagem Osama Bin
Ladem que é impssível a ela abrir qualquer outra linha de investigação sobre o
que se passou naquele 11 de setembro de 2011, quando aviões foram lançados
contra as torres do World Trade Center, em Nova York.
Ninguém menos a que o presidente afegão, Hamid Karzai, que
esteve no poder durante todo o período de intervenção norte-americana no país,
disse ao repórter Mehdi Hasan , do programa UpFront não apenas que descarta a presença da
A l-Qaeda no país – que classifica de “um mito” como assegura que o atentado
às torres gêmeas nem sequer foi
planejado no Afeganistão.
“Eu não sei se a Al-Qaeda existia e eu não sei se eles
existem”, disse Karzai. “Eu não os vi e eu não tive nenhum relatório sobre
eles, qualquer relatório que indica que a Al-Qaeda está operando no
Afeganistão.”
Questionado sobre se
acreditava que Osama bin Laden realizado os ataques de 11 de Setembro em
Nova Iorque e Washington foram dirigidos a partir do Afeganistão, ele
respondeu: “Isso é o que tenho ouvido de nossos amigos ocidentais. Isso é o que
a mídia ocidental diz que houve .”
“Eu que eu posso dizer que é um fato que a operação não era
nem conduzida do Afeganistão, nem o povo afegão foi responsável por isso. ” (“I can tell you for a fact that the
operation was neither conducted from Afghanistan, nor were the Afghan people
responsible for that.”)
Karzai não é um homem primário – tem formação de cientista
político – e foi, com todas as acusações que pesaram sobre seu longo governo, o
favorito dos americanos para controlar o país por quase um década e meia.
Ele diz que os militantes do Isis encontrados em seu país
são, de fato, milicianos paquistaneses, país que tem estreitos laços de
cooperação com a Arábia Saudita, outro não confessado suporte do Exército
Islâmico. Os sauditas são, aliás, suspeitos de serem os financiadores do
programa nuclear do Paquistão – com sua histórica rivalidade com a Índia – e treinam os militares paquistaneses há pelo
menos três décadas.
Para os (nem sempre loucos) adeptos de teorias
da conspiração, a entrevista de Karzai é dinamite pur
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