sábado, 12 de setembro de 2015

Ex-presidente afegão diz que Al-Qaeda “é mito” e o 11/9 não foi dirigido de lá

Autor: Fernando Brito

Se a mídia ocidental desse ouvido aos árabes, a entrevista que a Al Jazeera vai levar ao ar daqui a pouco ( às 17:30, hora de Brasília) em seu canal em inglês teria o poder de uma bomba. Não terá, apenas por esta razão e porque a mídia já se embrenhou tanto na construção do personagem Osama Bin Ladem que é impssível a ela abrir qualquer outra linha de investigação sobre o que se passou naquele 11 de setembro de 2011, quando aviões foram lançados contra as torres do World Trade Center, em Nova York.


Ninguém menos a que o presidente afegão, Hamid Karzai, que esteve no poder durante todo o período de intervenção norte-americana no país, disse ao repórter  Mehdi Hasan , do programa  UpFront não apenas que descarta a presença da A l-Qaeda no país – que classifica de “um mito” como assegura que o atentado às  torres gêmeas nem sequer foi planejado no Afeganistão.

“Eu não sei se a Al-Qaeda existia e eu não sei se eles existem”, disse Karzai. “Eu não os vi e eu não tive nenhum relatório sobre eles, qualquer relatório que indica que a Al-Qaeda está operando no Afeganistão.”

Questionado sobre se  acreditava que Osama bin Laden realizado os ataques de 11 de Setembro em Nova Iorque e Washington foram dirigidos a partir do Afeganistão, ele respondeu: “Isso é o que tenho ouvido de nossos amigos ocidentais. Isso é o que a mídia ocidental diz que houve .”

“Eu que eu posso dizer que é um fato que a operação não era nem conduzida do Afeganistão, nem o povo afegão foi responsável por isso. ” (“I can tell you for a fact that the operation was neither conducted from Afghanistan, nor were the Afghan people responsible for that.”)

Karzai não é um homem primário – tem formação de cientista político – e foi, com todas as acusações que pesaram sobre seu longo governo, o favorito dos americanos para controlar o país por quase um década e meia.

Ele diz que os militantes do Isis encontrados em seu país são, de fato, milicianos paquistaneses, país que tem estreitos laços de cooperação com a Arábia Saudita, outro não confessado suporte do Exército Islâmico. Os sauditas são, aliás, suspeitos de serem os financiadores do programa nuclear do Paquistão – com sua histórica rivalidade com a Índia –  e treinam os militares paquistaneses há pelo menos três décadas.

Para os (nem sempre loucos) adeptos de teorias da conspiração, a entrevista de Karzai é dinamite pur

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