Senadores petistas ouvidos pelo jornal Valor Econômico
avaliam que o presidente interino Michel Temer não tem mais os 54 votos
necessários para aprovar o impeachment no Senado; "O governo anuncia uma
medida e volta atrás logo depois. Não teve uma notícia boa até agora e o quadro
só está piorando", disse o senador Paulo Paim (PT-RS); PT mira nos
senadores que votaram pela admissibilidade do processo, mas já sinalizaram que
poderão mudar o voto, entre eles Acir Gurgacz (PDT-RO), Antonio Carlos
Valadares (PSB-SE), Cristovam Buarque (PPS-DF), Marcelo Crivella (PRB-RJ),
Benedito de Lira (PP-AL), Wellington Fagundes (PR-MT), Ivo Cassol (PP-RO),
Edison Lobão (PMDB-MA), Raimundo Lira (PMDB-PB) e Hélio José (PMDB-DF); senador
Romário (PSB-RJ) já declarou que poderá votar contra o impeachment;
"Podemos conquistar entre oito e dez votos", afirmou Paulo Rocha
(PT-PA)
1 DE JUNHO DE 2016 ÀS 10:55
Do Infomoney - Em meio às crises enfrentadas nos primeiros
dias do governo interino de Michel Temer, o PT se animou em reforçar a
articulação para barrar o impeachment de Dilma Rousseff, informa o jornal Valor
Econômico de hoje.
Senadores petistas avaliaram ao jornal que nem mesmo os mais
pessimistas em relação ao retorno de Dilma Rousseff ao cargo achavam que a
gestão Temer seria "tão desastrosa" em pouco tempo. Dirigentes e
parlamentares do partido acreditavam que o governo interino teria uma "lua
de mel" por cerca de três meses - mas dois ministros já caíram e outros
estão sendo alvo de protestos.
"O governo anuncia uma medida e volta atrás logo
depois. Não teve uma notícia boa até agora e o quadro só está piorando",
disse o senador Paulo Paim (PT-RS). "Podemos conquistar entre oito e dez
votos", afirmou Paulo Rocha (PT-PA).
O jornal diz que os parlamentares calculam que Temer teria
hoje cerca de 50 votos para tirar Dilma definitivamente do cargo - quatro a
menos do que o necessário - quando o processo foi admitido, o placar foi de 55
votos a favor da admissibilidade a 22 contra . Para os petistas, o cenário pode
se tornar mais favorável à Dilma se o presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), for afastado por decisão da PGR (Procuradoria Geral da República) e
do STF (Supremo Tribunal Federal).
O PT mira agora senadores que votaram pela admissibilidade
do impeachment, mas que sinalizaram que poderiam votar contra o afastamento
definitivo. Pelo menos dez se enquadram nesse cenário: Acir Gurgacz (PDT-RO),
Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), Cristovam Buarque (PPS-DF), Marcelo Crivella
(PRB-RJ), Benedito de Lira (PP-AL), Wellington Fagundes (PR-MT), Ivo Cassol
(PP-RO) e Edison Lobão (PMDB-MA), Raimundo Lira (PMDB-PB), Hélio José
(PMDB-DF). Somado a esse grupo está o senador Romário (PSB-RJ), Eduardo Braga
(PMDB-AM) e Jader Barbalho (PMDB-PA) - enquanto isso, Renan Calheiros (PMDB-AL)
e Pedro Chaves (PSC-MS), suplente de Delcídio do Amaral, não votaram e são
contabilizados pelo PT no bloco de 15 possíveis votos pró-Dilma. Para o senador
Paulo Rocha, entre 8 e 10 votos podem ser conquistados.
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