segunda-feira, 14 de novembro de 2016

O DESAFIO DE UNIR A CLASSE TRABALHADORA NA DIVERSIDADE DE OPINIÕES


Por Dedé Rodrigues

III PARTE


No segundo dia do 10º  Congresso do SINTEPE os debates que ocorreram mostraram o esforço que as diversas correntes  políticas do movimento sindical estão fazendo para concretizar a unidade. No entanto, no aspecto da conjuntura internacional, bem como na confecção de alianças ou da formação de uma frente ampla no Brasil,  pequenas correntes ideológicas tem ainda uma visão muito estreita quando consideram que a vitória do Republicano Trump,  nos Estados Unidos e os governos Lula e Dilma do PT no Brasil não se diferenciam da democrata Hilary Clinton,  e do PSDB neoliberal no Brasil.  


Essa visão sectária quando se trata na formação da frente ampla, recusando até a participação de Ciro Gomes e Roberto Requião, encontra ainda ressonância numa minoria da classe trabalhadora, embora admitam pelo menos a unidade na luta. Nessa discussão  da formação da frente uma dirigente da CUT levantou duas questões que considero relevante: “a formação da frente ampla, necessariamente não tem que ser uma frente eleitoral e depende da correlação de forças”. Em outras palavras usar a emoção no lugar da razão e reduzir alianças de forma sectária, com a ideia de juntar só a chamada esquerda revolucionária,  não leva os trabalhadores a lugar algum. 

Porém, foi apontado como equívocos das forças de esquerda na Europa,   as limitações dos governos sociais democratas que não romperam com o neoliberalismo, bem como o republicanismo do PT no Brasil, o afastamento ou falta de discussão política nas bases, as medidas neoliberais de contenção de gastos da Dilma, nos afastou de parcelas importantes dos trabalhadores. 
     
Entre as causas da derrota das esquerdas no Brasil foi apontado também a ofensiva da direita e da mídia com a demonização da política, mas segundo William Meneses, vice-presidente do SINTEPE, “ a antipolítica é uma forma perversa de fazer política” e, nisso a burguesia brasileira é especialista, concluo.


Na conclusão dessa parte dos debates foi sugerido a todos os professores que repassem os debates nos municípios, melhorem a compreensão e as intervenções sobre a temática do golpe, da PEC 55, da reforma do Ensino Médio, o projeto da Escola sem Partido, entre outros projetos danosos. Por fim a dirigente do SINTEPE Valéria chama a atenção para o fortalecimento da frente ampla, não se pode, disse ela “recusar voto e apoio de ninguém”. 

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