Por Dedé Rodrigues
Os alunos do 2º Ensino Médio A e do 3º Ensino Médio C da Escola Arnaldo Alves Cavalcanti apresentaram uma peça teatral sobre a relação da PEC 55 com a discriminação racial no Brasil, exibiram um vídeo, pousaram para fotos reprovando a chamada "pec da morte", a reforma do ensino médio e o projeto da Escola sem Partido ou a “lei da mordaça” . Um grande público de outras escolas de Tabira visitaram à nossa escola na quinta-feira, dia 17 de novembro de 2016. Muitos desses visitantes tiraram fotos também protestando contra a PEC da morte. Leia abaixo o conteúdo da peça encenada por eles, veja as fotos dos visitantes protestando contra a PEC 55 e veja também as fotos desse e de outros projetos apresentados por alunos e coordenados pelos colegas professores da escola.
Apresentação teatral dos alunos contracenando sobre a PEC.
1. Entra Valéria: olá galera, vocês não sabem da melhor. A gente tem um presidente arretado. O Temer criou uma PEC que vai obrigar os governos por 20 anos a só gastarem o que receberem no ano que a PEC for aprovada e, ainda cobre a inflação todo ano, do ano anterior. Dessa vez o Brasil entra nos eixos: vamos manter os preços dos produtos controlados, a inflação vai enfim ser controlada também. Com a PEC Não vamos aumentar mais juros, cobrar mais impostos e, ainda vamos atrair investimentos de outros países. É ou não é uma coisa muito boa?
2. Marcelo Discorda: Primeiro do que tudo fora Temer! Esse presidente está no poder porque deu um golpe. Logo depois do golpe o preço do feijão disparou, foi para 15,00. Em seguida a gasolina aumentou. Depois foi a vez da energia e agora do botijão de gás. No Brasil quem paga mais impostos são os pobres e a classe média, os ricos continuam pagando bem menos, pois o imposto aqui é regressivo. A inflação continua alta! Não há investimentos! O desemprego só cresce! São quase 12 milhões. Já cortaram uma parte do bolsa família, mas o bolsa banqueiro, o bolsa juiz, o bolsa midia empresarial, o bolsa deputado, o bolsa senador, o bolsa especulador só aumentam. No final pergunta ao professor. Professor: qual é a relação da discriminação racial com a PEC 55?
3. Professor Marcos inicia dizendo: Observem esse gráfico desse vídeo. Vamos supor que o Brasil seja uma pitza. Pagamos quase metade de tudo que se arrecada no ano para os credores, os agiotas e banqueiros que emprestam dinheiro ao governo. Os juros altos aumentam a dívida e, eles não dão sinal de baixar. O governo não fala nada em congelar os gastos para os agiotas que vivem de juros tirados nas nossas costas. Nos últimos 14 anos a galera jovem conquistou: Pro uni, fiés, pronatec, ciência sem fronteiras e cotas para os negros. Alguns programas foram cortados ou diminuíram os investimentos só nesses poucos meses de governo ilegítimo, como o ciência sem fronteiras e o bolsa família. Segundo instituições e estudiosos respeitados a população vai aumentar nesses 20 anos em torno de 20 milhões para viver com a mesma quantia do ano do congelamento. Consequências: Mais pessoas vão viver com o mesmo pedaço de pizza do início do congelamento. Não preciso ser especialista na matéria para saber que se a situação dos trabalhadores brancos vai piorar, no caso dos negros vai ficar anda pior. Hoje o negro ganha metade do branco, de quatro mortos ou presos, só um é branco e três são negros. Hoje, apesar dos avanços dos últimos 14 anos, praticamente só 1\3 dos negros e pardos chegam a faculdade etc. Conclusão: claro que com a aprovação da PEC 55 no Senado tudo isso vai piorar para eles.
4. Andreia: se dirige a Valéria e diz: Menina se a educação nesses 10 anos vai perder quase 70 bilhões, imagine a saúde que já é precária? Como uma família de 05 pessoas que depende do SUS vai pagar um plano de saúde privado? Querem privatizar tudo!
Valéria entra em parafuso. Oh meu Deus! Como fui acreditar na Globo? Como fui tão inocente! Bati panela! Aplaudi os patos da FIESP! Pensei que a corrupção no Brasil era produto de um partido só!! Eu não conhecia essa realidade que vocês estão mostrando! Ufa! Ainda bem que acordei! Todos agradecem ao público presente.
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