Por Dedé Rodrigues
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Bom dia meus amigos e minhas amigas ouvintes do Programa
Tabira em Tempo. Primeiramente fora Temer! Nesta semana que passou li uma matéria
no Jornal do Comércio sobre a Dívida Pública no Brasil e me lembrei de uma frase
de Lênin que disse certa vez que no socialismo a dona de casa precisava
entender de economia, mas não do jeito que os economistas da burguesia ensinam quando fazem a comparação do orçamento familiar com o orçamento da União ou com o Orçamento do
Estado brasileiro, levando em conta que a família e o Estado não devem gastar
mais do que arrecadam, como se estas duas
instituições fossem semelhantes, nada mais falso. A questão central a meu ver, nos dois casos é como se arrecada, quanto se arrecada e com quem
se gasta.
Na matéria do Jornal do Comércio intitulada “A dívida
pública e você”, escrita por Luíza de Freitas, há uma explicação de forma didática
sobre a dívida que deve chegar até o fim do ano a 3,5 trilhões. Segundo ela a
mágica do Título da Dívida Pública acontece quando instituições financeiras,
investidores estrangeiros e até cidadãos comuns se tornam credores do Estado:
emprestam dinheiro ao governo hoje para receber um valor maior amanhã. O
problema a meu ver são esses “cidadãos comuns”,
dentre eles 14 milhões de desempregados que não têm nem o dinheiro da
feira, imagine para comprar os Títulos da Dívida Pública?
Na sequência ela explica como o governo “Para fechar as suas
contas transforma a Dívida Pública em promissória, como os juros no Brasil são
altos, quem compra os títulos ganha muito dinheiro. Com esse sistema o governo
consegue fazer frente aos seus compromissos, mas o emprestadou, diga-se de
passagem, especialmente os banqueiros\rentistas\financistas,
recebem bem mais do que emprestaram ao
governo devido aos juros altos do Banco Central.
Falando em números, a matéria apesar de fazer a defesa das
contrarreformas de Temer, reconhece que
quem mais ganha são o bancos, citando Bradesco, Santander, Itaú e Banco do
Brasil que ganharam só no primeiro trimestre de 2017 15 bilhões, valor 21%
maior do que o mesmo período do ano passado. Vale aqui citar também números da
Auditora Fiscal da Fazenda Maria Lúcia Fatorelli que escreveu recentemente que
em 2015 os bancos ganharam 96 bilhões, valor 20% maior que em 2014.
Na matéria ainda se minimiza o tamanho das dívidas, segundo
ela o problema não é o tamanho dela, mas no que se investe. Cita nesse caso os
Estado Unidos que tem uma dívida maior do que o PIB, mas investe esse dinheiro em
tecnologia, infraestrutura, educação etc. Mas e no Brasil do “temeroso” onde esse dinheiro só encontra um endereço, o do bolso
dos rentistas? Nesse caso é bom lembrar que Lula em 2008 pegou
100 bilhões desse dinheiro para investir em infraestrutura e desenvolvimento por
isso que não sentimos tanto a crise do neoliberalismo que estourou na Europa e nos
Estado Unidos nesse ano. Palmas para ele!
Pegando o caso da “família Brasil” citada na matéria, é bom
lembrar que a família brasileira ganha pouco, boa parte está endividada, não
arrecada tanto e, o pouco que ganha, não
gasta a renda de forma tão desigual entre os seus filhos, como faz o Estado
brasileiro no governo Temer. Se quase 44% do orçamento da União vai para
pagamento de juros dessa famigerada dívida o que dizer do pouco que se investe mas
áreas sociais agora congelado por 20 anos?
O que dizer dessas reformas trabalhista e
previdenciária que têm o objetivo de continuar enriquecendo esses 1% mais
rico? Seria muito para mim esperar que alguém que escreve para o Jornal do
Comércio ou para essa mídia, aliada do rentismo, que defendesse algo semelhante,
mas é bom lembrar que sem taxar as grandes fortunas, nem parar com essas contrarreformas
o Brasil não fará justiça social. A Dívida Pública precisa de uma auditoria e não
pode continuar a sugar daqueles que mais precisam, os trabalhadores. Por isso fora
Temer! Fim as reformas trabalhista e previdenciária! Greve Geral dia 30 de junho!
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