domingo, 25 de junho de 2017

A DÍVIDA PÚBLICA, AS CONTRARREFORMAS E OS TRABALHADORES


Por Dedé Rodrigues

Foto do Google

Resultado de imagem para divida publica brasileira
REFLEXÃO DA SEMANA N. 96

Bom dia meus amigos e minhas amigas ouvintes do Programa Tabira em Tempo. Primeiramente fora Temer! Nesta semana que passou li uma matéria no Jornal do Comércio sobre a Dívida Pública no Brasil e me lembrei de uma frase de Lênin que disse certa vez que no socialismo a dona de casa precisava entender de economia, mas não do jeito que os economistas da burguesia ensinam quando fazem a comparação do orçamento familiar com o orçamento da União ou com o Orçamento do Estado brasileiro, levando em conta que a família e o Estado não devem gastar mais do que arrecadam, como se  estas duas instituições fossem semelhantes, nada  mais falso. A questão central a meu ver,  nos dois casos é como se arrecada, quanto se arrecada e com quem se gasta.

Na matéria do Jornal do Comércio intitulada “A dívida pública e você”, escrita por Luíza de Freitas, há uma explicação de forma didática sobre a dívida que deve chegar até o fim do ano a 3,5 trilhões. Segundo ela a mágica do Título da Dívida Pública acontece quando instituições financeiras, investidores estrangeiros e até cidadãos comuns se tornam credores do Estado: emprestam dinheiro ao governo hoje para receber um valor maior amanhã. O problema a meu ver são esses “cidadãos comuns”,  dentre eles 14 milhões de desempregados que não têm nem o dinheiro da feira, imagine para comprar os Títulos da Dívida Pública?  
Na sequência ela explica como o governo “Para fechar as suas contas transforma a Dívida Pública em promissória, como os juros no Brasil são altos, quem compra os títulos ganha muito dinheiro. Com esse sistema o governo consegue fazer frente aos seus compromissos, mas o emprestadou, diga-se de passagem,  especialmente os banqueiros\rentistas\financistas,  recebem bem mais do que emprestaram ao governo devido aos juros altos do Banco Central.  
Falando em números, a matéria apesar de fazer a defesa das contrarreformas de Temer,  reconhece que quem mais ganha são o bancos, citando Bradesco, Santander, Itaú e Banco do Brasil que ganharam só no primeiro trimestre de 2017 15 bilhões, valor 21% maior do que o mesmo período do ano passado. Vale aqui citar também números da Auditora Fiscal da Fazenda Maria Lúcia Fatorelli que escreveu recentemente que em 2015 os bancos ganharam 96 bilhões, valor 20% maior que em 2014.
Na matéria ainda se minimiza o tamanho das dívidas, segundo ela o problema não é o tamanho dela, mas no que se investe. Cita nesse caso os Estado Unidos que tem uma dívida maior do  que o PIB, mas investe esse dinheiro em tecnologia, infraestrutura, educação etc.  Mas e no Brasil do “temeroso” onde esse dinheiro só encontra um endereço,  o do bolso dos rentistas?   Nesse caso é bom lembrar que Lula em 2008 pegou 100 bilhões desse dinheiro para investir em infraestrutura e desenvolvimento por isso que não sentimos tanto a crise do neoliberalismo que estourou na Europa e nos Estado Unidos nesse ano. Palmas para ele! 
Pegando o caso da “família Brasil” citada na matéria, é bom lembrar que a família brasileira ganha pouco, boa parte está endividada, não arrecada tanto e, o pouco que ganha,  não gasta a renda de forma tão desigual entre os seus filhos,  como faz o Estado brasileiro no governo Temer. Se quase 44% do orçamento da União vai para pagamento de juros dessa famigerada dívida o que dizer do pouco que se investe mas áreas sociais agora congelado por 20 anos?
O que dizer dessas reformas trabalhista e previdenciária que têm o objetivo de continuar enriquecendo esses 1% mais rico? Seria muito para mim esperar que alguém que escreve para o Jornal do Comércio ou para essa mídia, aliada do rentismo, que defendesse algo semelhante, mas é bom lembrar que sem taxar as grandes fortunas, nem parar com essas contrarreformas o Brasil não fará justiça social. A Dívida Pública precisa de uma auditoria e não pode continuar a sugar daqueles que mais precisam, os trabalhadores. Por isso fora Temer! Fim as reformas trabalhista e previdenciária! Greve Geral dia 30 de junho!

0 comentários :

Postar um comentário