quinta-feira, 3 de maio de 2018

Primeiro de Maio, poema de Adalberto Monteiro


Nesta manhã de Primeiro de Maio, Não há por que invejar o sol.
Éramos algo sem nenhuma importância coletiva, 
Indivíduos, nada mais. 
Nos transformamos num gigante coração 
A marchar pelas avenidas. 
Nossas reivindicações eram apenas pedidos, 
Menos do que isso, gemidos, 
Aguardando audiências e despachos.
Agora a voz de cada um faz parte 
De um canto cantado por um coral de milhares. 
Não somos indivíduos nem multidão, 
Somos um povo unido.

Adalberto Monteiro
As delícias do amargo & uma homenagem: poemas
Editora Anita Garibaldi – 1ª edição 2006

 
 

 
Fonte: Portal Grabois
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