Foto do google - 2011.
Número de trabalhadores informais foi de 29,2 milhões de pessoas em novembro, equivalente a 34,5% do total de ocupados
Publicado 23/12/2020 13:12
Do Portal Vermelho.
Sem respostas
concretas do governo Jair Bolsonaro à crise econômica e social, o número de
trabalhadores desempregados no Brasil voltou a bater recorde. De acordo com a
nova rodada Pnad Covid, divulgada nesta quarta-feira (23) pelo IBGE, a
população desocupada chegou a 14,0 milhões de brasileiros em novembro – o maior
número da série histórica.
Houve um aumento de
2,0% frente a outubro e de 38,6% desde o início da pesquisa (maio). A taxa de
desocupação (14,2%) é recorde da série, mas não teve variação estatisticamente
significativa frente a outubro (14,1%). A população ocupada (84,7 milhões em
novembro) cresceu 0,6% em relação a outubro e, pela primeira vez desde o início
da pesquisa, teve alta (0,3%) frente a maio (84,4 milhões de pessoas).
A força de trabalho
chegou a 98,7 milhões em novembro, com alta de 0,8% em relação a outubro e de
4,4% em frente a maio. O número de trabalhadores informais foi de 29,2 milhões
de pessoas em novembro, equivalente a 34,5% do total de ocupados. É um aumento
de 0,6% em relação a outubro, enquanto a taxa de informalidade se manteve
estável.
Já o número de
pessoas fora da força de trabalho chegou a 72,0 milhões em novembro, recuando
0,9% frente a outubro e 4,4% em relação a maio. A única região a apresentar
aumento significativo no número de desocupados foi o Nordeste (de 17,3% para
17,8%). As demais regiões ficaram estatisticamente estáveis: Norte (15,4%),
Sudeste (14,3%), Centro-Oeste (12,2%), e Sul (9,3%).
A taxa de
desocupação entre as mulheres foi de 17,2%, maior que a dos homens, de 11,9%.
Por cor ou raça, a taxa era maior entre as pessoas de cor preta ou parda
(16,5%) do que para brancos (11,5%). Houve um aumento de 0,3 pontos percentuais
na taxa entre pretos e pardos, enquanto a taxa entre os brancos manteve-se
inalterada pelo quarto mês consecutivo.
Por grupos de
idade, os mais jovens apresentaram taxas de desocupação maiores (24,2% para
aqueles de 14 a 29 anos de idade). Já por nível de escolaridade, aqueles com
nível superior completo ou pós-graduação tiveram as menores taxas (6,7%).
Entre os 4,4
milhões de trabalhadores afastados do trabalho na semana de referência, 879 mil
(ou 19,8%) estavam sem a remuneração do trabalho. A diferença entre o número de
horas habitualmente (40h) e efetivamente trabalhadas (36,1h) está diminuindo.
Norte e Nordeste
foram, novamente, as regiões com os maiores percentuais de domicílios recebendo
auxílio emergencial: 57,0% e 55,3%, respectivamente. Ao todo, 19 unidades da
federação tiveram queda no percentual de domicílios onde um dos moradores
recebe auxílio emergencial entre outubro e novembro.
Ainda assim, o
número de domicílios contemplados é elevado. Os cinco estados com os maiores
percentuais foram Amapá (70,1%), Pará (61,1%), Maranhão (60,2%), Alagoas
(58,4%) e Piauí (57,5%). Os estados com as menores proporções são Santa
Catarina (22,0%), Rio Grande do Sul (27,0%) e Distrito Federal (28,9%).
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