Um mergulho na História de Tabira.
Dando sequência a pesquisa sobre a História de Tabira a partir dos bairros e povoados fiz uma visita a Maria de Lourdes Meneses Pereira, conhecida como De Lourdes de Xavier, anotei informações para a História oral dos Barreiros 1 e 2, e tive a grata satisfação de receber dela uma relíquia histórica intitulada NOTAS PARA A HISTÓRIA DE BARREIROS, produzida em 2007, por Anadir Maria de Lima, que trato aqui de publicar no Blog Tabira Notícias com muita satisfação.
Veja abaixo foto do que restou da antiga cerâmica de Seu Benício.
NOTAS PARA A HISTÓRIA DE
BARREIROS
Origem
Em
1890, o sítio Barreiros (hoje bairro), localizado a dois quilômetros do centro,
pertencia à vila de Espírito Santo (hoje Tabira), município de Afogados dá
Ingazeira, Sertão do Alto Pajeú.
Limites
Ao norte, Barreiros
limitava-se com terras do senhor Antonio Pereira Amorim; ao sul, com terras da
senhora Maria Vidal; a leste, com terras do senhor Arnaldo Alves Cavalcanti e a
oeste, com a propriedade do senhor João Salvino Liberal.
O clima e o solo
O clima de Barreiros sempre
foi quente e seco, do tipo semi-árido, e o seu solo, mais ou menos plano, raso,
fértil, arenoso e pouco acidentado.
A vegetação
A
vegetação local é a caatinga, formada por juazeiro, umbuzeiro, aroeira, angico,
umburana, jurema preto, marmeleiro e cactos como mandacaru, xiquexique, coroa
de frade, macambira, etc.
Os primeiros habitantes
Não se sabe em que ano, ali
chegaram o senhor Antonio Pereira Morato e sua esposa Maria Cecília de Deus,
instalando-se em uma data de terra nesse local. Foram pais de seis filhos: José
Pereira Morato (Zé Toínho), Francisco Pereira Morato (Paizinho de Barreiros),
Maria Cecília de Deus (Bilu), Leopoldina (Dudu), Guilhermina (Santa) e
Liberalina (Bô). Os senhores Francisco Borges de Freitas, Pacífico da Graça,
Odilon Barbosa instalaram-se também no local e constituíram suas famílias,
trabalharam, criaram e educaram seus filhos. Do entrelaçamento dessas famílias
formou-se a primeira comunidade de Barreiros. Hoje, os seus descendentes
revelam que foram bem criados e orientados, conquistando boa situação
econômica, destaque social, religioso e político. Eles conservaram a tradição
que receberam de suas origens e as respeitam muito.
Logo após a chegada de
Antonio Pereira Morato, também chegou da Paraíba a senhora Maria Vidal (viúva)
veio morar em Barreiros, localizando em uma data de terra com seus filhos.
Muito trabalhadora e com bom senso administrativo, logo construiu um açude, que
ficou conhecido como “açude dona Maria Vidal”. Já existia o “açude de Toínho
dos Barreiros” (atual açude velho).
Não podemos deixar de
registrar também a chegada dos senhores João Salvino Liberal, Zé Dantas e Zé
Né, que se localizaram no sítio Estrondo, divisa com Barreiros, vizinho à
propriedade de Antonio Pereira Amorim, também com um grande açude, que hoje é
conhecido como o “açude de Adauto Pereira”.
As primeiras habitações
Destacamos casas de taipa
cujas paredes eram feitas de estacas trançadas de varas e revestidas de barro e
com piso de barro batido.
Primeiros utensílios
domésticos e de uso pessoal
Os mais utilizados eram: a
cuia (feita de cabaça), a preguiçosa, o tamborete, o banco de quatro pés, o
jirau para queijo, a panela de barro, a gamela, o candeeiro, o pilão e a rede
de dormir, para o dia-a-dia da casa; a sela, o gibão e a bota de couro, para o
serviço do vaqueiro; o matulão e o alforje, para as viagens; a espingarda, a
peixeira, o facão, a arapuca, e a baleeira, para caçar; a alpercata, a enxada,
o machado, a foice, a peixeira, o facão, a roçadeira e a picareta, para 10
trabalho da roça; o anzol, a tarrafa e o jereré, para pescar; o bacamarte, para
os festejos juninos e para defesa do patrimônio.
Atividades econômicas
A agricultura local (baseada
na produção de milho, feijão, algodão, mandioca, macaxeira, batata doce, cana
de açúcar, rapadura e mel), a pecuária, a criação de equinos, suínos, caprinos,
ovinos e aves (galinhas) e a fruticultura (manga, banana, goiaba, pinha,
laranja) eram o forte da economia de Barreiros.
A pastagem constituía-se basicamente
de palma e capim. O transporte de toda a produção era feito em carro de bois e
animais de carga, e as pessoas viajavam em lombo de cavalo ou burro de sela.
A cultura
Em Barreiros, as principais
manifestações culturais se resumem às festas religiosas, festas juninas,
comemorações especiais, superstições, medicina popular, etc.
A seca
Conviver com a seca, sempre
foi o grande calo dos nordestinos, especialmente os sertanejos de regiões como
o Pajeú. Nas grandes secas, as famílias de Barreiros eram socorridas por
pessoas como Francisco Borges de Freitas (proprietário de um alambique de
aguardente), Paizinho de Barreiros e Pacífico da Graça, que viajavam até Lagoa
de Baixo (hoje Sertânia), com uma frota de animais, em busca de alimentos. Levavam
aguardente para trocar por feijão e farinha de mandioca. E assim atravessavam
as secas mais terríveis.
A venda das propriedades
Maria Vidal vendeu sua
propriedade ao Senhor Miguel Batista. Após o falecimento deste, o mesmo terreno
foi vendido ao senhor Saturnino Virgínio da Silva (Saturnino da Granja), atual
proprietário. O Senhor Zé Dantas vendeu a sua data de terra ao padre Luiz
Flóridi, que era vigário da vila de Espírito Santo. O sacerdote valorizou a
propriedade, construindo uma bela casa e uma capela dedicada a Nossa Senhora do
Perpétuo Socorro, conhecida hoje como Capelinha de Barreiros. Também perfurou
um poço, que deu água de boa qualidade, e construiu um engenho de cana de
açúcar movido a caldeira. Ali, o italiano desejava terminar os seus dias de
vida, porém foi indicado para Capelão do Hospital da cidade de Serra Talhada,
onde faleceu. Antes de viajar, o padre vendeu a terra, com Capela e tudo, ao
senhor Luiz Fernandes, que, por sua vez, a vendeu ao senhor Manoel do
Nascimento Pereira (Manoel Bibiu). Seu Manoel, durante o período que morou nela,
construiu uma Casa de Farinha e procurou zelar e explorar a propriedade da
melhor maneira possível. No ano de 1973, num gesto que foi muito aplaudido por
todos, fez doação da Capelinha à Paróquia de Tabira. Após a morte de sua esposa
Antonia Alexandrina, decidiu vender a terra ao senhor Benício Ângelo, que a
repassou ao senhor José Hilton de Medeiros, proprietário atual.
Dados estatísticos
A população de Barreiros
iniciou-se com cinco famílias. Atualmente (2007), conforme pesquisa da
professora municipal Antonia Morais da Silva (Toínha), lotada no Grupo Escolar Antonio
Pereira Morato, a população de Barreiros 1 e II é de 429 (quatrocentos e vinte
e nove) habitantes.
Proprietários de Engenhos de
cana de açúcar
* Pacífico da Graça Sobrinho
teve um engenho puxado a bois (hoje destruído).
* Antônio Pereira Amorim
reformou o seu engenho puxado a bois, que passou a ser movido a motor diesel.
Foi um grande explorador do comércio de rapadura. Hoje, a propriedade e o
engenho (em pleno funcionamento) pertencem a seu filho Adauto Pereira Amorim,
que ainda continua fabricando e vendendo rapadura e mel.
* Francisco Borges de
Freitas, além de engenho, tinha também um alambique. Fabricava e vendia
rapadura, mel e aguardente. Não existem mais nem o engenho nem o alambique.
* Maria Vidal tinha um engenho movido a bois e
também explorava o comércio de rapadura na feira de Tabira. Esse trabalho foi
continuado pelo segundo proprietário Miguel Batista; depois, o engenho foi
abandonado e destruído.
* O padre Luiz Flóridi tinha
um engenho de cana de açúcar, só que era movido a caldeira.
* Diocleciano Pereira Morato
(Dió dos Barreiros) é proprietário de um engenho que antes era movido a bois,
mas ele o reformou para motor diesel. Atualmente, continua fazendo moagens
todos os anos e explorando o comércio local de me! e rapadura.
Comunidade religiosa
Capela de Nossa Senhora do
Perpétuo Socorro. Em 1936, a nossa querida “Capelinha dos Barreiros” foi
construída pelo italiano padre Luiz Flóridi, primeiro vigário da vila de
Espírito Santo. À capela sempre foi zelada por todos. No dia 08 de janeiro de
1973, ela passou a pertencer, oficialmente, à paróquia de Nossa Senhora dos Remédios.
O doador foi o senhor Manoel do Nascimento Pereira (Manoel Bibiu). Era vigário
de Tabira o padre Manuel Dutra de Medeiros. Até hoje, a Capelinha é considerada
um dos principais pontos turísticos do município de Tabira.
Atividades religiosas
* Mensalmente, é celebrada
uma missa na capela (sempre na 5º feira).
* Todas as terças-feiras é
rezada e cantada a novena do Perpétuo Socorro, festa esta comemorada mundialmente
no dia 11 de junho.
Observação: A professora e
catequista Maria dos Anjos Menezes, que passou por esta comunidade, vivenciou a
educação religiosa catequizando e evangelizando as crianças e as famílias.
Situação escolar
Em épocas de dificuldades,
Barreiros e a vizinhança não tinham um local próprio (escola) para educar suas
crianças. As aulas eram ministradas nas casas dos pais dos alunos ou nas dos
mestres. À primeira escola funcionou na residência do senhor Francisco Borges
de Freitas (pai de alunos), tendo como primeira professora e catequista a
senhora Martha de Lima Ramos (Dona Martha). Era uma escola particular. Alguns
anos depois, alunos de dona Martha também se tornaram mestres, com capacidade
de exercer o cargo na sua própria residência, como: Deijanira Pereira Morato
(Pretinha) e Erotides Pereira Morato (Ló).
Na segunda administração do
prefeito Pedro Pires Ferreira, foi construída a primeira escola municipal de
Barreiros: Escola Antonio Pereira Morato, com uma única sala de aula. O terreno
foi doado pelos herdeiros do homenageado.
Por esta escola passaram
professoras do estado como: Maria da glória Assunção, Maria do Socorro Amorim e
Rita Faustino, e professoras da rede municipal como: Maria Salete Ramos,
Deodécia Soares Ramalho, Ivanilda Pereira de Lima Rocha, Anadir Maria de Lima,
Antonia Pereira de Lima, Cícera Leandro Ferreira, Maria de Fátima Fernandes de
Lima, Véra Lúcia da Silva Alves, Rita Nunes Lopes, Creuza Pereira Dias, Sônia
Solange Nogueira Cabral, Maria Avani Ângelo da Silva, Valquíria Leite, Antonia
Morais da Silva Morato (professora atual) e Maria Isabel Moraes de Souza
(professora atual). Este grupo de professoras colaborou muito com a educação e
a cidadania dos filhos de Barreiros.
Também fizeram muito pela
educação da comunidade os auxiliares de serviços gerais: Terezinha Pereira
Rocha (falecida), Quitéria Estevão de Sena (falecida), Josina Rosa Bezerra,
Eneida Soares Brito e Ednez Soares Brito.
Em 1984, na primeira
administração do prefeito José Edson de Moura, a Escola Antonio Pereira Morato
foi restaurada. E, em 1993, na sua segunda administração, por causa de
abatimento e rachaduras nas paredes, o prédio da mesma foi demolido,
reconstruído e ampliado, ficando com duas salas de aula, uma secretaria, uma
cozinha, duas áreas e dois banheiros. À reinauguração ocorreu no dia 12 de
agosto de 1993, com muita alegria para os moradores do bairro.
Rede de energia elétrica
Na segunda gestão do
prefeito Fortunato Soares de Souza (Jola), uma parte de Barreiros (hoje
Barreiros 1) foi eletrificada. Em 1986, o prefeito Edson Moura (primeira
gestão) fez um projeto para complementar a eletrificação do bairro. Entretanto,
para que esse novo projeto pudesse ser aprovado, Barreiros teve que ser
desmembrado em dois, e a segunda parte a ser eletrificada passou a denominar-se
Barreiros II. Está aí a explicação para a polêmica dos “dois Barreiros” que, na
realidade histórica e no coração dos mais antigos, serão sempre um só.
Abastecimento d'água
A instalação de rede de
abastecimento d'água nos Barreiros ocorreu no ano de 1986, no governo do
prefeito Edson Moura.
Comunidade e Capela de
Barreiros 1
A Capela de São Francisco
das Chagas — padroeiro de Barreiros 1 - foi construída em 1988, pelo Padre
Assis Rocha (vigário da paróquia), com campanhas realizadas pela própria
comunidade. O terreno foi doado pelo casal José Alves de Melo (Cícero de Melo)
e Josefa Alves de Melo (Nelça), e a imagem do padroeiro foi uma doação da
senhora Lindaura Leite Barbosa (Lindaura de Pergentino). À inauguração festiva
da nova Capela aconteceu no dia 23 de junho de 1991 às 9:00h da manhã, com a
participação de muitas pessoas da comunidade e convidados. Na ocasião, ficou
esclarecido para todos que o objetivo daquela obra era a difusão da
evangelização e a prática comum de devoções como: a reza do terço, tríduos,
novenas, Batizados, Primeira Eucaristia, casamentos e outras celebrações
religiosas, além de reuniões importantes do interesse da comunidade. No dia 04
de outubro de 1991, de acordo com a documentação oficial, a Capela de São
Francisco passou a pertencer à Paróquia de Nossa Senhora dos Remédios.
Os movimentos pastorais ou
de grupos da Capela de São Francisco são os seguintes:
* Conselho Pastoral
Comunitário
* Pastoral da Criança.
* Pastoral do Idoso
* Catequese
* Grupo da Mãe Rainha
São as seguintes a
atividades religiosas realizadas na comunidade:
* Adoração ao Santíssimo
* Oficio da Imaculada
Conceição
* Novenário Mariano
* Mês da Bíblia
* Festão Padroeiro da
comunidade
* Encontros da Campanha da
Fraternidade.
* Novena de Natal
Observação:
As famílias que passaram por
esta comunidade sempre vivenciaram a educação religiosa, através da celebração
do mês mariano, da partilha dos bens durante a Semana Santa e da catequese, que
teve início com a professora Martha Ramos. Atualmente, essa atividade é
exercida pelos catequistas Anadir Maria de Lima, Paulo Marcelo de Lima e
Miranete de Belo Alves.
O jovem Paulo Marcelo de
Lima é um dos orgulhos da comunidade. Ele, além de muito estudioso, faz tudo o
que pode para o crescimento social dos filhos de Barreiros. Mostrando a sua Sabedoria
e a sua inspiração poética, foi ele quem fez a adaptação do hino “Jubileu de
Ouro” da diocese de Afogados da Ingazeira, para o hino de Barreiros (música do
Padre Josenildo).
HINO DA COMUNIDADE DE
BARREIROS
Radiosos filhos de Barreiros
Carregados de graça e emoção
Agradecem com todo fervor,
Num só canto de amor e
louvação,
Ao Deus Santo que foi e que
é,
Que alimenta e sustenta na
fé
A Capela que está no sertão!
Refrão: Padroeiro São Francisco,
Desta terra tão querida
Canta a glória de um povo
Em busca de plena vida!
Ó Barreiros de um povo tão
bravo,
Dos engenhos que choram
canção
Teus vaqueiros que cantam e
decantam
As belezas daqui deste chão.
As histórias de luta e de
fé,
Com Antonio, Francisco e
José
São lembranças do nosso
torrão!
Do “lajeiro” eu vejo tua
Casa...
De alegria começo a chorar.
Me abençoa, ó Paí, neste Festa.
Que os teus filhos estão a
rogar.
Terra quente de
trabalhadores,
Eu sou dos Barreiros, sou
das flores,
Por Ti tenho razão de
cantar!
Salve filho fiel de Tabira,
Salve oh! berço de grandes
carreiros.
Rezadeira, eis aqui grande
porta
Sempre aberta a teus
carpinteiros.
'Acompanha quem vem e quem
vai.
Com Jesus quem caminha não
cai!
Ó Francisco, tu é
companheiro!
No dia 03 de abril de 2004,
em uma volta festiva ao chão natal, de todos os filhos e de muitos netos e
bisnetos de Paizinho de Barreiros, que moram nos mais variados paragens deste
país, Dedé Monteiro declamou para a família o seguinte poema:
BARREIROS
Barreiros querido, Barreiros,
você
Rincão de saudade, Me lembra demais
Que felicidade Meus queridos pais
A gente viveu! ... Que Deus já levou.
Mas dona distância A casa
da gente
Nos deu um abalo... E os
irmãos queridos
E, nesse intervalo, Aqui reunidos
Tudo aconteceu... Na paz deste “show”.
Oh! Quanta saudade Quanta
brincadeira
De Tia Dudu Quanto passa-tempo
E de Mãe Bilu Transformando o tempo
Tão santa e tão boa. Em lances sutis.
O tempo correu, Como
reis do mato
Dezembro a dezembro, A gente vivia,
Mas inda me lembro Mas só não sabia
De cada pessoa... Que
era tão feliz...
Barreiros dos Borges Quanto movimento
De Augusto e Vicente, Nas belas
moagens...
Barreiros da gente, E as camaradagens
Recanto de paz... De um tempo sem fim...
De Décio, de Antonio, O engenho
cantando
Deodécia querida... Na força dos bois
Exemplos de vida E a
gente, de dois,
Que eu não vejo mais Puxando alfinim...
Não posso esquecer Cadê os quitutes
De Madrinha Santa, Que mãe
preparava
Que a fé era tanta E a
gente aprovava
Que nos cativava.
Saborosamente?...
Lembro dos Reisados, Cadê Pai chegando
Dos “dramas”... que
cenas! Batendo a poeira,
E as santas novenas Voltando da feira
Que a gente rezava. Com
“coisas” pra gente?...
Lembro a Capelinha, Barreiros
querido
Palco do Evangelho, Rincão de saudade,
O Açude Velho, Que
felicidade
Quase abandonado, A gente viveu!...
E as farras na roça Mas dona distância
Catando algodão, Nos deu um
abalo
Na firme intenção E, nesse
intervalo,
De um bom resultado Tudo aconteceu...
Ao escrever estas Notas para a História de
Barreiros, mesmo sem ser escritora nem historiadora tento transmitir o que
pesquisei sobre a origem, a terra, a população, as tradições, os costumes, a
cultura e a religiosidade do povo desta comunidade, que aprendi a amar e da
qual faço parte desde o ano de 1957, para que possa servir de fonte de pesquisa
para os mais jovens.
Barreiros/Tabira, agosto de
2007.
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