Calendário extenso e descentralizado do G20 no Brasil promete
intensificar discussões em mais de 13 cidades, culminando na cúpula de líderes
em novembro de 2024, no Rio de Janeiro.
Barbara Luz/Vermelho
O governo brasileiro divulgou nesta
sexta-feira (8) o cronograma de mais de 120 eventos preparatórios para a
reunião principal do G20, marcada para novembro de 2024. Em um ano repleto de
atividades, o Brasil assume, pela 1º vez, a presidência temporária do grupo,
composto por 19 países e dois órgãos regionais. Juntos, eles representam cerca
de 85% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, mais de 75% do comércio mundial
e cerca de dois terços da população mundial.
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Brasil debate meio ambiente e economia com Alemanha
Ao tomar posse à frente do G20, no
dia 1º de dezembro, o presidente Lula destacou três prioridades de discussão
durante sua gestão: o combate à fome, questões climáticas e governança global.
Inicialmente focado em questões macroeconômicas, o G20 expandiu sua agenda para
incluir tópicos como comércio, desenvolvimento sustentável, saúde, agricultura,
energia, meio ambiente, mudanças climáticas, combate à corrupção entre outros,
tornando-se um dos principais fóruns de coordenação geopolítica global.
Uma inovação sob a presidência
brasileira é a criação do G20 Social, destinado a envolver a
sociedade civil no processo de formulação de políticas públicas e decisões do
grupo. Esse fórum paralelo busca ampliar a participação de atores não
governamentais nas atividades e nos processos decisórios do grupo.
Cronograma
O cronograma inclui 93 reuniões
técnicas, 26 videoconferências, 10 encontros de vice-ministros e 23 reuniões
ministeriais. O Rio de Janeiro será palco de duas reuniões de cúpula: a social e
a dos chefes de Estado e de Governo, que receberá os líderes dos
países do G20 e dos países convidados.
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secretário da ONU sobre papel do país na Presidência do G20
A descentralização das reuniões do
G20, que acontecerá em 13 diferentes cidades do Brasil, permite ampliar a
discussão em torno dos temas e destacar a diversidade, economia e riqueza
cultural do país.
As primeiras reuniões preparatórias
começam ainda este ano, entre os dias 11 e 15 de dezembro, em Brasília, no
Palácio Itamaraty. No dia 13, o destaque será o encontro inédito das Trilhas
de Sherpas e de Finanças, unindo pautas políticas e
financeiras desde o início das atividades do G20.
Em janeiro e fevereiro serão realizadas 19 reuniões, predominantemente por
videoconferência. Nos meses seguintes, a ênfase será em encontros presenciais
nas cidades-sede. Nos dias 21 e 22 de fevereiro será realizada a primeira
reunião dos chanceleres do G20, no Rio de Janeiro. O encontro presencial, que
faz parte da Trilha de Sherpas, será liderado pelo ministro das Relações
Exteriores, Mauro Vieira.
Nos dias 28 e 29, São Paulo sediará a
reunião ministerial da Trilha de Finanças, sob a coordenação do ministro da
Fazenda, Fernando Haddad.
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para a presidência brasileira do G20
O cronograma compreende ainda oito
encontros em cidades fora do Brasil: Atlanta, Washington e Nova York (EUA),
Genebra (Suíça) e Bruxelas (Bélgica). A prática de realizar reuniões do G20 em
locais internacionais é usual, visando aproveitar eventos globais nos quais
ministros ou delegados de grupos de trabalho específicos ou da Trilha de
Finanças estejam reunidos. Os encontros da Trilha de Finanças em Washington,
por exemplo, acontecerão junto com as reuniões do Fundo Monetário Internacional
(FMI).
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Postado por Luciano Siqueira às 13:55 Nenhum
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