O senador Aécio Neves (PSDB), tem comemorado sempre que a
imprensa divulga pesquisas com manchetes
em fontes garrafais anunciado a "queda" da presidente Dilma. Os
números, são sempre os mesmos. Não trazem novidades, mas servem para dar holofote para o candidato do PSDB.
Porém, uma nova rodada de pesquisa sobre o Congresso
nacional, divulgada na tarde dessa
quinta feira (25), mostra que o senador tucano não tem nada a comemorar. Os
cidadãos que foram ás ruas protestar, desenham para Aécio entender que, o
recado foi para ele também...
A pesquisa CNI/Ibope
mostra que apesar de terem lançado uma agenda positiva com um ritmo frenético
de votações de projetos antes do recesso parlamentar, a Câmara dos Deputados e
o Senado Federal foram as instituições mais mal avaliadas na tentativa de
reagir aos protestos das ruas. A pesquisa
apontou que pelo menos 37% dos entrevistados desaprovaram totalmente a
resposta dada pelo Parlamento às demandas das ruas.
Em relação à Câmara, a desaprovação total foi de 39% dos entrevistados.
No caso do Senado, este índice alcançou 37%. Mesmo apresentando um novo pacto,
que foi bombardeado por aliados do Congresso, a presidente Dilma teve o menor porcentual de desaprovação
total, com 31%.
Ao mesmo tempo, a aprovação total às decisões tomadas pela
presidente foi a maior entre os gestores de instituições públicas citadas, com
14% do total. Câmara e Senado, cada um, registraram aprovação total de apenas
7%, novamente a pior.
Lembrança
A sondagem apontou que, para 4% dos entrevistados, a notícia
mais lembrada do período foi a das ações tomadas pelo Congresso. Para outros
8%, a da discussão em torno da reforma política. O governo Dilma tentou sem
sucesso provocar o Congresso a fazer um plebiscito para discutir esta reforma,
de maneira que ela valesse para as eleições do próximo ano. Aliás, a discussão
em torno do plebiscito foi a notícia mais lembrada por 5% dos entrevistados.
As manifestações contra a proposta de emenda à Constituição
que diminuía os poderes de investigação do Ministério Público (PEC 37) e o
posterior arquivamento da matéria pelo Congresso foram as notícias mais
lembradas por, respectivamente, 4% e 3% dos entrevistados.
As notícias relativas aos protestos contra o presidente da
Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Marcos Feliciano (PRB-SP), e o projeto
de Cura Gay foram lembrados por outros 3% dos entrevistados.
Amigo de Aécio também
está mal
O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), que
tentará a reeleição em 2014, foi o terceiro governador mais mal avaliado. Com
26% de citações no item ótimo ou bom, ele só ficou atrás de, Marconi Perillo
(PSDB), de Goiás (21%) e Cabral. Alckmin tinha 52% de aprovação antes do início
das manifestações, segundo o Datafolha. O índice caiu para 38% no fim daquele
mês de junho. Agora o Ibope aponta 26%.
Cria de Aécio também vai mal
Um dos alvos preferenciais dos manifestantes mineiros, o
governador Antonio Anastasia (PSDB), que não pode se reeleger, apareceu com 36%
de ótimo e bom. Se o índice não está tão ruim perto de colegas de outros
Estados, a situação é bem pior do que já foi. No Datafolha de novembro de 2010,
seu governo tinha boa avaliação de 59% da população mineira.
Anastasia é afilhado político e sucessor do no Estado do
senador Aécio Neves, nome do PSDB que deverá disputar a eleição presidencial de
2014.
Nada a comemorar
Os perdedores são muitos, se não todos os governantes. Mesmo
quem aparece melhor na pesquisa, como o governador pernambucano Eduardo Campos
(PSB) e seus 58% de aprovação, já desfrutou de taxas de aprovação mais altas no
passado.
Não por acaso, Campos foi um dos governantes que submergiram
durante a crise de representação política no País, Talvez por isso tenha
perdido menos do que quem deu a cara a bater?
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