A Associação Municipalista de Pernambuco (AMUPE) realizou um
seminário no Recife para unir os prefeitos com o objetivo de resolver o problema
da destinação dos resíduos sólidos urbanos nas cidades de Pernambuco. Apesar
dos avanços constatados na “Carta do Recife” no último dia do encontro, penso
que esse problema não será resolvido satisfatoriamente sem uma educação
ambiental e com esse modo de produção consumista, desigual e predatório. Conheçam
nessa matéria alguns avanços do encontro e a importância da educação ambiental nessa
luta.
Nesse encontro foi divulgada uma carta contendo os
principais encaminhamentos, Entre eles, o compromisso de que todos os
municípios façam seus Planos de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos
(PGIRS) até 31.12.2013 e que a Amupe buscará formas de ajudar os municípios
nessa tarefa.
Os municípios também devem criar seus sistemas de meio
ambiente de acordo com cada realidade e buscar a tecnologia mais adequada para
resolver seus problemas com os resíduos sólidos.
Apesar do consenso dos participantes de que sozinhos os
municípios não conseguirão vencer o desafio da destinação correta dos RSU e a
necessidade de criar consócios para resolver esse problema. Valerem - se da
utilização de processos biológicos na utilização dos resíduos para geração de
energia e combustíveis e, ainda, o compromisso dos prefeitos de criarem planos
para cuidar dos lixões, é preciso agregar a tudo isso um intenso, amplo e permanente
trabalho de educação ambiental.
Eu não acredito que tamanho desafio será resolvido sem a
participação de todas as instituições sociais: escolas, universidades, igrejas,
partidos políticos, associações, sindicatos, famílias, grandes meios de comunicação
etc.
Além do mais, o modelo capitalista de desenvolvimento estimula
a produção de supérfluos e do consumismo desenfreado que agrava ainda mais esse
problema. O destino correto de produtos de péssima qualidade, nocivos a saúde, que
tem pouco tempo de uso não ocorrerá sem a educação. Urge, portanto, para a solução
completa do problema repensar até o modo de produção que temos, predatório, com
a distribuição desigual da riqueza e o destino incorreto do nosso lixo de cada
dia. Uma coisa não está desligada da outra. Há uma relação em tudo. A esperança
é que “na natureza nada se perde, tudo se transforma” já dizia um grande
pensador francês.
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