quinta-feira, 15 de agosto de 2013

LIXÕES A CÉU ABERTO: “UM DESAFIO DOS PREFEITOS QUE NÃO SERÁ RESOLVIDO NUM MODELO CONSUMISTA E SEM EDUCAÇÃO AMBIENTAL”.

Por Dedé Rodrigues.

A Associação Municipalista de Pernambuco (AMUPE) realizou um seminário no Recife para unir os prefeitos com o objetivo de resolver o problema da destinação dos resíduos sólidos urbanos nas cidades de Pernambuco. Apesar dos avanços constatados na “Carta do Recife” no último dia do encontro, penso que esse problema não será resolvido satisfatoriamente sem uma educação ambiental e com esse modo de produção consumista, desigual e predatório. Conheçam nessa matéria alguns avanços do encontro e a importância da educação ambiental nessa luta.


Nesse encontro foi divulgada uma carta contendo os principais encaminhamentos, Entre eles, o compromisso de que todos os municípios façam seus Planos de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos (PGIRS) até 31.12.2013 e que a Amupe buscará formas de ajudar os municípios nessa tarefa.

Os municípios também devem criar seus sistemas de meio ambiente de acordo com cada realidade e buscar a tecnologia mais adequada para resolver seus problemas com os resíduos sólidos.

Apesar do consenso dos participantes de que sozinhos os municípios não conseguirão vencer o desafio da destinação correta dos RSU e a necessidade de criar consócios para resolver esse problema. Valerem - se da utilização de processos biológicos na utilização dos resíduos para geração de energia e combustíveis e, ainda, o compromisso dos prefeitos de criarem planos para cuidar dos lixões, é preciso agregar a tudo isso um intenso, amplo e permanente trabalho de educação ambiental.

Eu não acredito que tamanho desafio será resolvido sem a participação de todas as instituições sociais: escolas, universidades, igrejas, partidos políticos, associações, sindicatos, famílias, grandes meios de comunicação etc.


Além do mais, o modelo capitalista de desenvolvimento estimula a produção de supérfluos e do consumismo desenfreado que agrava ainda mais esse problema. O destino correto de produtos de péssima qualidade, nocivos a saúde, que tem pouco tempo de uso não ocorrerá sem a educação. Urge, portanto, para a solução completa do problema repensar até o modo de produção que temos, predatório, com a distribuição desigual da riqueza e o destino incorreto do nosso lixo de cada dia. Uma coisa não está desligada da outra. Há uma relação em tudo. A esperança é que “na natureza nada se perde, tudo se transforma” já dizia um grande pensador francês.   

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