Por Dedé Rodrigues.
No dia 21 de novembro de 2013 a Escola Arnaldo Alves Cavalcanti
abriu as atividades da 9ª Edição da Semana da Consciência Negra. A abertura contou como o mestre de Cerimônia o
Professor Welton Feitosa que chamou a Diretoria Solange Morato que agradeceu a
presença de todos, reforçando a discussão sobre a questão do preconceito, já
que para ela, o preconceito ainda existe no Brasil e é preciso combatê-lo. A temática das apresentações giraram em torno
do combate ao racismo contribuindo para a escola cumprir com a sua função
social. Hoje tem mais, faça uma visita à escola. Leia abaixo sobre as atividades culturais e veja mais fotos.
O evento contou com a apresentação da Escola de Música Virgínio
Gomes de Melo; um recital organizado pela professora Teté com os alunos do 1º Ensino Médio A; um recital organizado pelo Professor Francisco
Melo (Có) com alunos das 8ª B e C; outro recital organizado pela Professora
Eliane Marques 3º Ensino Médio A e 2º Ensino Médio C; um Coral Dançante com o
título “Ninguém é de Ninguém” organizado pela Professora Jailma Ramos com os
aluno do 4º Ano B; uma dramatização com
o título “abaixo o preconceito” organizada pela Professora Teté com os alunos
do 1º Ensino Médio A; Uma linda apresentação de capoeira com a equipe de Capoeira
de Tabira com o título de “Nego Fujão”; Outra apresentação do Grupo de Dança da Escola
Pérola Negra e ainda a Participação dos poetas Pedro de Alcântara, Francisco Melo e Dedé Rodrigues.
ONDE GUARDAS TEU RACISMO?
Onde guardas teu racismo
Se guardá-lo é proteger
Algo perverso e nocivo
Que faz o negro sofrer?
Não importa onde tu guardas
Na mente ou no coração,
Nas palavras, nos
teus gestos,
Nas formas de relação,
É preciso repensar
Os teus atos, meu irmão.
Manifestas teu racismo
Nos feitos cotidianos,
De forma sutil, covarde,
E por debaixo dos panos?
Repensas os teus conceitos,
Pois os negros têm
direitos
São também nossos “Hermanos”.
O racismo é uma praga
Que sustenta a opressão
Disseminando mais ódio
De irmão contra irmão.
Racismo é coisa do mal
No contexto social
Que faz mal uma nação.
O racismo é uma herança
Maldita que Portugal
Implantou nesse país
Na era colonial.
Produziram a teoria:
Que gente e mercadoria
Se fosse negra era igual.
Vamos unir todo mundo
Para enfrentar o racismo
Que nasceu pra dar suporte
A esse capitalismo.
Vamos enfrentar o monstro
Que mora dentro da gente
Construindo um mundo novo
Que seja bem diferente.
Nesse mundo, meus irmãos!
Não haverá preconceitos
E todos terão direitos
Em forma de igualdade.
Nessa minha utopia
As cores serão mais belas,
Não haverá mais
sequelas
Da velha sociedade.
Tabira, 11 de novembro de 2011.
Refeito em 21 de novembro de 2013.
Dedé Rodrigues.
CAPOEIRA.
A luta dos africanos
Nós vemos dessa maneira:
Um ataca, outro defende,
Um por baixo dá rasteira E o toque do berimbau
Dá mais ritmo a Capoeira.
Os escravos dos engenhos,
Nos tempos coloniais,
Misturavam capoeira
Com as Artes marciais, trabalhavam, mas lutavam
Perto dos canaviais.
Na dança da Capoeira
As palmas dão harmonia,
Os gingados e canções
Estão na Filosofia,
Mas cambalhota no ar
Só dá quem tem maestria.
Autor: Francisco Melo (Có)
Tabira, 20 de novembro de 2013.
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