A Unegro realiza entre os dias 25, 26 e 27 deste mês, no
Espírito Santo, seu Encontro Nacional de Mulheres Negras. O foco do debate este
ano é o papel da mulher negra no cenário político brasileiro e a organização da
Marcha das 100 mil mulheres negras, que será realizada em 2015. O encontro
começa no dia que marca a luta das Mulheres Negras Latino-afro-caribenhas, a
data foi instituída em 1992 como símbolo da resistência das mulheres.
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Mulhreres negras do PCdoB que ocupam cargos legislativos:
Leci Brandão, deputada estadual (SP); Luciana Santos, deputada federal (SP) e
Olívia Santana, deputada estadual (BA).Mulhreres negras do PCdoB que ocupam
cargos legislativos: Leci Brandão, deputada estadual (SP); Luciana Santos,
deputada federal (SP) e Olívia Santana, deputada estadual (BA).
O Encontro das Mulheres Negras da Unegro também será um
espaço de intercâmbio de ideias, análises, reflexões, e troca de experiências
sobre a atual condição socioeconômica das mulheres negras no Brasil. A
atividade também tem o intuito de fortalecer o vínculo entre as mulheres negras
da entidade.
Para o presidente da Unegro, Edson França, o encontro vai
nortear a atuação das mulheres negras na política e prepará-las para a grande
marcha de 2015. Ele questiona o atual sistema político brasileiro que não
contempla as mulheres, menos ainda, as negras.
Edson usou exemplos do estado de São Paulo para provar o
preconceito político que ainda existe. A Assembleia Legislativa do Estado de
São Paulo já teve 47 legislaturas, em todo este período apenas duas mulheres
negras foram eleitas, uma delas a deputada comunista Leci Brandão. “Tivemos o
privilégio de contribuir com a mudança deste processo preconceituoso e
machista”, afirmou.
“O que acontece em São Paulo que não elege mulheres negras?
Dizem que este estado é a locomotiva do Brasil, tem mais de 34% da sua
população negra e não elege mulheres negras!”, questiona.
Ele ressalta ainda que o PCdoB luta diariamente para
combater este sistema político que dificulta a inclusão das mulheres – negras
ou não – e dos jovens. Segundo ele, o Brasil tem hoje uma população composta em
sua maioria por mulheres jovens, e em grande parte negras. Ao mesmo tempo os
poderes Executivo e Legislativo são ocupados, na maior parte, por homens,
brancos e com idade avançada. Essa disparidade será debatida no encontro.
Por Mariana Serafini, da Redação do Vermelho
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