No dia 28 de abril o Brasil vai parar. O recado é das centrais sindicais brasileiras que neste dia saem às ruas para protestar contra as reformas trabalhista e Previdenciárias de Michel Temer e a terceirização ilimitada. Atendendo à convocação das centrais, o movimento sindical espalhado pelo país tem realizado atos em preparação para a greve geral, que ganha corpo com assembleias, plenárias e panfletagens nas ruas, nas redes e em locais de trabalho.
Foto: César Ramos/Contag
Nesta quinta-feira, reunião do Comando Nacional dos Bancários decidiu que a categoria vai aderir à greve geral em todo o país. "Os sindicatos de bancários vão participar, junto com a Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, na convocação da sociedade para se manifestar contra a Reforma da Previdência, Trabalhista e a terceirização", disse Eduardo Navarro, dirigente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil presente à reunião do Comando.
Movimentos sociais e sindicatos que compõem o Comitê Regional do ABC Contra a Reforma da Previdência protestam neste sábado (8) contra as mudanças pretendidas pelo governo para as aposentadorias, a proposta de reforma trabalhista, e a terceirização irrestrita, já aprovada pelo Legislativo e sancionada por Temer na sexta-feira passada (31). O é preparatório para a greve geral do dia 28 de abril.
"Vamos fazer uma grande mobilização dos trabalhadores do ABC inteiro contra as reformas que ameaçam não só quem está empregado, ameaçam os direitos de quem ainda vai ingressar no mercado", afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques.
No Rio Grande do Sul, a Força Sindical reuniu entidades filiadas a central nesta sexta-feira para organizar os atos do dia 28 de abril. “Cada entidade precisa estar engajada nesse dia para mostrar para sua categoria a ameaça que as Reformas da Previdência e Trabalhista representam para os direitos dos trabalhadores”, afirmou o presidente em exercício da Força, Marcelo Furtado. Está marcada para o dia 11 uma panfletagem em Porto Alegre.
A articulação da greve geral no sul também foi tema de plenária realizada pela CTB estadual. Guiomar Vidor, presidente da CTB-RS, relembrou os primeiros passos do Governo Temer: articular e aprovar a PEC dos gastos, que congela investimentos em saúde e educação por 20 anos, no Brasil. “Temer propõe medidas que visam diminuir o papel do Estado para financiar o capital. Em 2012, a representação da indústria no PIB brasileiro era de 19,2%. No final de 2017, deve ser de 9%”, afirmou.
Vidor abordou ainda a terceirização ampliada, aprovada no final de março na Câmara, que irá acelerar a precarização do trabalho no Brasil e o aumento da criminalização dos movimentos sindicais e sociais, que prejudicam as manifestações de rua e as greves. Segundo ele, para barra os retrocessos a saída é a greve geral.
“Não aceitamos os ataques do desgoverno Temer aos direitos trabalhistas”, disse Valdir de Souza Pestana, presidente da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários-SP. “As reformas da previdência, com o fim das aposentadorias, e a trabalhista, aliada à Lei de terceirização sancionada recentemente, criarão uma legião de novos escravos”.
A entidade realiza na segunda-feira (10), plenária nacional dos trabalhadores em transportes rodoviários para acertar detalhes da greve de 28 de abril.
Na Paraíba, a CTB local mobilizou as 15 regionais: João Pessoa, Cabedelo, Guarabira, Itabaiana, Campina Grande, Picuí, Monteiro, Princesa Isabel, Taperoá, Patos, Itaporanga, Pombal, Catolé do Rocha, Sousa, Cajazeiras preparam atividades nos municípios, visando aglutinar o maior número de trabalhadores.
“Os dirigentes sindicais devem convocar imediatamente as suas bases para a luta, pois o retrocesso é grande com as reformas da Previdência, Trabalhista, Sindical e Terceirização, tendo agora os sindicatos de servidores públicos sofrido um duro golpe, com o fim da contribuição sindical compulsória, para de uma vez por todas enfraquecer as entidades e suas lutas, denunciou o presidente estadual José Gonçalves.
Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central de Sindicatos Brasileiros (CST), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Intersindical e CSP-Conlutas tem circulado material unitário explicando as razões para os trabalhadores cruzarem os braços no dia 28. Clique AQUI para acessar.
Do Portal Vermelho com agências
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