Luciano Siqueira
A expressão "morde e
assopra", própria da minha infância no século passado, cabe muito bem na
atual relação entre o governo e o Congresso Nacional.
Agora, o presidente Lula cortou 5,6
bilhões de reais no orçamento previsto, destinado às chamadas emendas de
comissão — um dos mecanismos pelos quais deputados e senadores drenam recursos
públicos federais para seus redutos.
Mesmo com esse corte, o saldo em
emendas no Orçamento de 2024 será astronômicos R$ 47,5 bilhões.
De composição majoritariamente
conservadora e fisiológica, como se sabe, o Congresso abriga agora a
possibilidade de represálias ao Executivo. Vale dizer, mais obstáculos
circunstanciais à obra de governo.
Nada de novo no front, comenta o
amigo Epaminondas.
Esse será sempre um nó que o
presidente da República ora desata, ora não consegue. Expressão do mapa
eleitoral produzido no último pleito através do voto popular, que
contraditoriamente deu maioria ao candidato de oposição para a presidência da
República, mas optou pelo voto conservador para o parlamento.
Especula-se que o governo já esboça
uma proposta alternativa destinada a recompor parte desse valor subtraído
quando da sanção presidencial do Orçamento.
É o jogo da governabilidade sob
condições adversas, que o presidente Lula tem enfrentado com firmeza e também
com muita habilidade.
Felizmente.
PCdoB
faz avaliação do primeiro ano do governo Lula http://tinyurl.com/hbmammrf
Postado por Luciano Siqueira às 14:20 Nenhum
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