Nesta segunda-feira (30) finalizaram-se as convenções
partidárias nacionais e estaduais de todos os mais de trinta partidos
brasileiros. São decisões para uma eleição presidencial, numa democracia com
mais de 100 milhões de eleitores, além de 27 senadores, 27 governadores, 513
deputados federais e centenas de deputados estaduais.
Por Walter Sorrentino*, para o Vermelho
Richard Silva

Convencionários do PCdoB aprovaram plano eleitoral do partido. É uma
matriz de interesses complexa, que produz coligações das mais variadas nos
estados, tendo por vértice, em diferentes medidas segundo os diversos partidos,
a coligação da eleição presidencial. Mais que isso, a própria coligação firmada
em um campo nacional não garante que determinado partido, em toda a linha, a
sustente no plano local.
Articulistas conservadores apressam-se a dizer que se trata
de um “bacanal” político. Mas essa é a realidade do sistema político e
federativo do país. Para alterá-lo se torna imprescindível uma reforma política
que fortaleça os partidos e sua identidade programática. Como se sabe, isso só
será mais efetivo com o voto em listas partidárias, além de assegurar a
proibição de financiamento privado corporativo às campanhas.
O PCdoB chega à sua Convenção Nacional com definições claras
e coerentes. Sustenta sua identidade e lugar político coerente, seu alinhamento
nacional-estadual. Em todo o Brasil, o PCdoB alinhou-se com forças largas
capazes de sustentar a campanha de Dilma Rousseff à reeleição. Do Acre a
Pernambuco, do Rio Grande do Sul ao Maranhão, o PCdoB se orienta por esse
primado. Ao mesmo tempo, construiu condições para perseguir seu projeto
político eleitoral, perseguido diligentemente ao longo do último ano, tendente
a buscar a marca de um governador, mais dois senadores, 20 deputados federais e
mais de 40 estaduais.
O quadro que se compôs nos 27 estados compreende o
lançamento de Flávio Dino ao governo do Maranhão, as candidaturas ao Senado de
Perpétua Almeida no Acre, Ricardo Gomyde no Paraná, Inácio Arruda no Ceará e
Edvaldo Nogueira em Sergipe – estas duas últimas em disputa até a undécima
hora. Alcançou a indicação de candidato ou candidata a vice-governador em São
Paulo, no Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte.
Construiu alianças em torno de candidatos do PT ao governo
em 11 estados – RS, SP, RJ, MG, BA, PR, AC, RR, MS, DF, MT – dos quais 3 contam
também com o outro grande partido da coligação nacional de Dilma, o PMDB. Com o
PMDB como parceiro nacional de Dilma, serão 7 alianças aos governos estaduais –
AL, SE, PI, PA, AM, GO –, cinco das quais integradas também pelo PT; resta
definir a situação de TO e RO, que tende nessa essa direção.
Com o PSB nos estados serão 4 alianças – PE, PB, AP, ES –
uma ou duas das quais contarão também com o PT de Dilma. Em SC e RN o PCdoB
forma com o PSD, comprometido com a campanha Dilma, e oferece a candidatura a
vice no RN. Finalmente, no CE o PCdoB vai com o governador Cid Gomes, do PROS,
também com o PT.
O PCdoB não se comprometerá politicamente com campanha de
candidatos ao Senado comprometidos com a oposição a Dilma Rousseff, mesmo que
integrem a coligação estadual, como é o caso de Goiás.
O PCdoB vai à luta com ideias claras de seguir mudando o
país, com Dilma reeleita.
Apresentou um conjunto de ideias e propostas para o Programa
de Governo da candidata.
São essas as construções feitas nas convenções nacional e
estaduais. Até a última hora, como se sabe, surpresas advêm. Mas o fundamental
está assegurado: uma ampla perspectiva nos 27 estados para campanha de
sustentação a Dilma e, nesse terreno, perseguir o projeto do PCdoB.
*É secretário nacional de Organização do PCdoB
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