IBGE revela tendência de crescimento na ocupação, queda histórica na desocupação e recordes nos empregos formais, mostrando recuperação robusta do mercado de trabalho após pandemia
por Barbara
Luz
Publicado 31/01/2024 15:55 | Editado 31/01/2024 16:22
Foto: Marcelo Camargo/Agencia Brasil
A Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo IBGE nesta
quarta-feira (31), revelou que a taxa média anual de desocupação em 2023 ficou
em 7,8%, representando uma queda de 1,8 ponto percentual em relação a 2022,
quando atingiu 9,6%.
O resultado anual
marca a menor taxa desde 2014, quando o indicador marcou 7%, confirmando a
tendência de recuperação do mercado de trabalho iniciada em 2022 após o impacto
da pandemia da Covid-19. Em 2012, a taxa média foi de 7,4%, aproximando-se do
patamar atual.
A pesquisa mostra
ainda uma queda significativa na população desocupada, com uma redução de 17,6%
em 2023, chegando a 8,5 milhões de pessoas. Por outro lado, a população ocupada
média atingiu um recorde na série, alcançando 100,7 milhões de pessoas, um
aumento de 3,8% em relação a 2022. O nível médio de ocupação também cresceu,
atingindo 57,6% em 2023, um aumento de 1,6 ponto percentual em comparação com
2022.
Contratação e
formalização
O número de
empregados com carteira de trabalho assinada teve um aumento significativo de
5,8% em 2023, alcançando 37,7 milhões de pessoas, o maior da série.
Já o contingente de
trabalhadores sem carteira assinada no setor privado também aumentou em 5,9%,
atingindo 13,4 milhões de pessoas, um novo pico na série. O número de
trabalhadores domésticos cresceu 6,2%. A taxa anual de informalidade apresentou
uma ligeira redução, indo de 39,4% para 39,2%.
Rendimento médio em
ascensão
O rendimento real
habitual teve um aumento de 7,2% em 2023, chegando a R$ 2.979, representando um
acréscimo de R$ 199 em comparação com 2022. O valor anual da massa de
rendimento real habitual atingiu R$ 295,6 bilhões, o mais alto da série, com um
crescimento de 11,7% em relação ao ano anterior.
4º trimestre de
2023
Considerando apenas
o último trimestre de 2023, a taxa de desocupação atingiu 7,4%, marcando a
menor taxa desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015 e a menor para um
trimestre encerrado em dezembro desde 2014.
A coordenadora de
Pesquisas do IBGE, Adriana Beringuy, destaca que a queda da taxa de desocupação
é resultado do aumento significativo da população ocupada, que atingiu o
recorde da série iniciada em 2012.
A pesquisa também
apresenta um aumento disseminado no número de ocupados em vários grupamentos de
atividade. “Houve expansão em diversos segmentos. Nos últimos resultados,
notávamos um movimento mais concentrado no setor de serviços. Para este tri
encerrado em dezembro, indústria e construção também contribuíram
significativamente”, afirma Beringuy.
Grupos de
atividades
Comparando com o
trimestre anterior, o grupamento de Indústria Geral registrou um
crescimento de 2,5%, representando um acréscimo de 322 mil pessoas, enquanto
a Construção teve uma expansão de 2,7%, adicionando mais 198 mil
ocupados.
O grupo de Transporte,
armazenagem e correio apresentou um aumento de 4,3%, correspondendo a
237 mil pessoas a mais, e o setor de Outros serviços cresceu
5,8%, com um acréscimo de 302 mil ocupados.
O único grupo que
teve redução foi o de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca
e aquicultura, com uma diminuição de 4,8%, representando 403 mil pessoas a
menos.
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com informações do IBGE
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