Por Bepe Damasco, em seu blog:
Mais cedo do que se esperava, a oposição parlamentar e
midiática ao governo de Dilma Rousseff partiu para os golpes abaixo da linha da
cintura. Na certa, desesperados pela divulgação das últimas pesquisas de
intenção de voto, que reforçam a condição de favorita absoluta da presidenta
nas eleições de outubro, os candidatos oposicionistas e suas bancadas
parlamentares lançaram mão de uma estratégia própria dos desatinados sem voto :
envolver a própria presidenta da República num cipoal de denúncias de irregularidades
contra a maior empresa brasileira, a Petrobras.
De quebra, operam pelo desgaste da Petrobras, ignorando tudo
que ela representa para o Brasil, especialmente no momento em que a extração de
óleo na camada do pré-sal avança a pleno vapor, sinalizando um futuro de
melhoria significativa das condições de vida do povo brasileiro. Na verdade, os
que exploram política e eleitoralmente o caso Pasadena não se conformam com o
regime de partilha e com a não privatização da empresa.
Aqui, cabe um parênteses para o flagrante caso de
desonestidade intelectual do esquálido candidato Eduardo Campos, que, para
surfar na onda de ataques levianos contra o governo, e, quem sabe, conquistar
uns votinhos, insinuou que a real intenção do governo é privatizar a empresa. Tamanho
disparate só me faz festejar a mudança de lado do governador de Pernambuco. Ele
merece se perfilar junto a tucanos e demos, ao O Globo, à Folha e à Veja.
Ações temerárias e decisões equivocadas de investimento por
parte Petrobras devem ser investigadas pelos órgãos responsáveis. Isso é uma
coisa, Outra bem diferente é transformar a Petrobras na Geni da vez para suprir
a indigência eleitoral e programática da oposição. Usar a Petrobras com esse
intuito é fazer mal ao país, é prejudicar negócios vitais para o Brasil, é
arranhar a imagem da locomotiva do desenvolvimento brasileiro.
Como se movem pelo mais mesquinho interesse eleitoreiro,
pouco importa algumas evidências que saltam aos olhos de quem examina a questão
com um mínimo de isenção :
1) Dilma não era presidenta da República, em 2006, quando o
Conselho de Administração da Petrobras votou favoravelmente ao investimento em
Pasadena. Na ocasião, ela ocupava o cargo de ministra da Casa Civil e presidia
o conselho da estatal.
2) Não cabe ao Conselho de Administração a decisão final
sobre os investimentos da empresa. O conselho define as diretrizes
estratégicas. Acerca do plano de investimentos, o CA funciona, portanto, como
um órgão consultivo.
3) As explicações oficiais da presidenta, segundo as quais
seu voto teve como base relatórios precários e imprecisos, são corroborados por
grande parte dos conselheiros da época, dentre eles o empresário Jorge Gerdau e
o insuspeito hoje presidente da Editora Abril, Fábio Barbosa.
4) É absolutamente impossível para uma empresa de tamanho
colossal como a Petrobras acertar a mão em todos os investimentos que faz.
Tampouco não é razoável supor que seus dirigentes possam blindá-la
integralmente contra malfeitos. Uma radiografia de todos os negócios e
investimentos da Petrobras ao redor do mundo, certamente indicaria que a
maioria esmagadora das operações são exemplos de êxito e trazem vultosos
recursos financeiros para o Brasil.
5) Embora a Petrobras tenha enfrentado problemas
com sua sócia em Pasadena, o que gerou prejuízos à companhia, não é verdade que
ela seja um monumento ao desperdício. Pasadena hoje opera normalmente,
produzindo 16 mil barris diários
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